Da REDAÇÃO
A ação humanitária realizada no arquipélago do Bailique garantiu assistência emergencial a famílias diretamente impactadas pelo avanço das terras caídas, fenômeno que tem provocado erosão das margens, insegurança estrutural e perdas materiais em comunidades ribeirinhas do distrito. A iniciativa busca minimizar os efeitos sociais da estiagem severa e do agravamento dos desmoronamentos registrados na região.
Como reflexo da instabilidade do solo, moradores da Vila Progresso registraram, no domingo (21), o desabamento de uma casa após uma madrugada de chuvas intensas. Imagens feitas pela própria comunidade mostram o momento em que a residência cede e cai no rio, episódio que reforçou o clima de angústia e a urgência por medidas de apoio e prevenção no Bailique.
Diante desse cenário, cerca de 2.250 kits de alimentos foram entregues às comunidades da Vila Macedônia e da Vila Progresso, garantindo segurança alimentar às famílias afetadas. A ação integra uma força-tarefa articulada entre os governos estadual e federal, com atuação conjunta de diversas secretarias para atendimento emergencial da população ribeirinha.
Durante a agenda no distrito, o diretor-presidente da Companhia de Água e Esgoto do Amapá (Caesa), Jorge Amanajás, que representou o governador Clécio Luís, destacou que o Bailique tem sido tratado como prioridade da atual gestão. Segundo ele, o compromisso do governo é buscar soluções que melhorem as condições de vida das comunidades, diante de desafios impostos tanto pela estiagem quanto pela dinâmica natural da região.

Cerca de 2.250 kits de alimentos foram entregues às comunidades da Vila Macedônia e da Vila Progresso, garantindo segurança alimentar …

… às famílias afetadas
O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, também participou da entrega dos kits e se reuniu com pastores e lideranças comunitárias do arquipélago. Durante o encontro, foram apresentadas as principais demandas das comunidades, com foco em segurança alimentar e ações estruturantes para enfrentamento dos impactos ambientais.
A logística da operação contou com o apoio da Defesa Civil Estadual, do Corpo de Bombeiros Militar do Amapá e da Secretaria de Assistência Social, garantindo organização e segurança em todas as etapas da distribuição. As equipes permanecem no Bailique há cerca de dez dias, atuando para que a assistência chegue às áreas mais vulneráveis.
Segundo o coronel Frederico Medeiros, da Defesa Civil, a ação ocorre em um momento crítico para as comunidades costeiras do estado, afetadas diretamente pela estiagem e pelas terras caídas. Ele ressaltou que o trabalho integrado tem permitido atender as famílias diretamente nos locais onde os impactos são mais severos.

