Por RODRIGO DIAS
Uma situação envolvendo a possível demora administrativa na autorização de um procedimento médico classificado como urgente no Hospital São Camilo, em Macapá, tem gerado preocupação e mobilização de familiares nas redes sociais.
Adriana Soares, esposa do paciente Júnior Cardoso Coutinho, relata dificuldades enfrentadas junto à unidade hospitalar e ao Plano São Camilo (PAS) para a liberação de um procedimento considerado essencial à preservação da vida de seu marido.
Júnior Cardoso Coutinho encontra-se internado em estado clínico delicado. De acordo com laudo médico assinado por um cardiologista, o paciente apresenta insuficiência cardíaca e histórico de taquiarritmia com instabilidade hemodinâmica, sendo classificado como paciente de alto risco, com possibilidade de morte súbita.
Conforme o documento médico, foi solicitada no dia 23 de dezembro a realização do implante de um cardiodesfibrilador implantável (CDI) de dupla câmara, procedimento indicado para prevenção de eventos fatais em pacientes com esse perfil clínico.

Desabafo nas redes
Recesso
Segundo relato da família, a autorização do procedimento e a liberação dos materiais necessários teriam sido informadas como possíveis apenas a partir do dia 29 de dezembro, em razão do recesso administrativo, o que tem causado apreensão diante da classificação de urgência registrada no prontuário médico.
Mesmo com a indicação expressa de urgência e risco elevado, a família afirma enfrentar dificuldades de acesso aos setores responsáveis pela autorização administrativa do procedimento durante o período de festas.
Em manifestação nas redes sociais, a esposa Adriana Soares expressou sua preocupação com a situação enfrentada:
“O que tenho buscado é apenas que um procedimento classificado como urgente seja tratado com a prioridade que o quadro clínico exige. A espera, diante de um risco real à vida, gera angústia e insegurança para toda a família.”

Laudo aponta risco de morte súbita
A esposa do paciente afirma que seu objetivo é sensibilizar as instituições e os órgãos competentes para que medidas sejam adotadas com a maior brevidade possível, garantindo o direito constitucional à saúde.
O outro lado
Até o fechamento desta matéria, o Hospital São Camilo e a operadora do Plano São Camilo (PAS) não haviam se manifestado oficialmente sobre o caso ou sobre o funcionamento da escala administrativa para autorizações de procedimentos urgentes durante o período de recesso.
O espaço permanece aberto para esclarecimentos e posicionamento das instituições mencionadas.

