A Polícia civil prendeu na manhã desta terça-feira, 18, no bairro Jardim Marco Zero, Jeferson Rodrigues de Souza, de 24 anos. O “Bolacha”, como é conhecido, foi indiciado pela morte de Camões Gonçalves Guimarães e do filho dele Júlio Cesar Gonçalves, ambos executados no dia 15 de agosto de 2012, em frente a uma amassadeira no bairro do Araxá. Mas a suspeita é de que Bolacha seja um pistoleiro responsável por pelo menos sete mortes, entre anos de 2011 e 2013.
Testemunhas do crime no Araxá fizeram o reconhecimento de Jeferson Rodrigues que já foi encaminhado para o Instituto de Administração Penitenciaria (Iapen). “Ele é culpado de todas as sete mortes que estamos investigando. Claro que ele nega, mas várias testemunhas dos crimes atribuídos a ele o reconhecem”, confirma a delegada Odanete Biondi, responsável pela prisão do acusado.
Jeferson, que é paraense, já vinha sendo investigado desde 2011, mas foi com o assassinato de pai e filho no Araxá que a policia suspeitou de se tratar de um pistoleiro. “Ele tem perfil de pistoleiro. Quando executa suas vitimas é frio e não faz questão de esconder o rosto. Depois de cometer um crime ele leva uma vida aparentemente normal”, explica a delegada.
De acordo com Odanete Biondi, Jeferson nunca foi indiciado porque as testemunhas ficam com medo de depor na frente dele. “Todas as testemunhas o reconhecem na delegacia, mas quando chega na Justiça, onde têm que ficar frente a frente com Jeferson, desistem de testemunhar com medo de morrer”.
O acusado também é investigado pela morte de Moacir Gomes Furtado, que foi executado no ano passado em frente a uma borracharia no bairro Nova Esperança. Segundo a delegada, Jeferson matou Moacir a mando de um assaltante chamado Gil, que já está preso no Iapen. “Ele executou o Moacir a mando de Gil, que está preso pelo envolvimento no assalto a agência dos Correios do município de Amapá”. Ainda não se sabe ao certo os motivos que levaram Gil a encomendar a morte de Moacir.
A prisão de Jeferson pode ajudar a desvendar outros homicídios que estão sob investigação. “O caso de pai filho que foram assassinados no Araxá está concluído. Mas ele ainda terá que responder questionamentos de outros delegados”, conclui a delegada Odanete.