DA REDAÇÃO
O ex-consultor geral da Assembleia Legislativa do Amapá, Paulo Melém, negou nesta sexta-feira, 22, que tenha ingressado com um pedido de renúncia do presidente em exercício deputado Kaká Barbosa (PT do B). No entanto, ele preferiu não comentar sobre os motivos que o fizeram pedir exoneração da Alap.
Paulo Melém foi o mais importante diretor da Assembleia Legislativa durante a gestão de Moisés Souza (PSC) com quem trabalhou durante 4 anos. Em dezembro, ele orientou os deputados que queriam afastar Moisés Souza da presidência para que ele fosse investigado.
No último dia 20, Melém pediu demissão do cargo.
“Antes de sair eu tive que concluir vários processos, entre eles o que consta o pedido de renúncia do Kaká que foi protolocado pelo deputado Jaime Peres. Fiz apenas o fechamento desse processo e outros, mas alguém no protocolo entendeu que era outra coisa”, comentou.
O pedido de renúncia de vice-presidente tinha sido assinado por Kaká, que no auge da crise alegou que assinou coagido pelo então presidente Moisés Souza. O deputado alegou que já tinha também feito uma outra declaração registrada em cartório anulando os efeitos do pedido.
Paulo Melém trabalhava na Alap desde 1998, e agora diz que vai descansar e se dedicar integralmente a sua outra atividade, a piscicultura. Melém tem uma propriedade onde cria várias espécies, como a pirapitinga, tambaqui e pintado.
“Saiu um FNO (empréstimo do Banco da Amazônia) e vou me dedicar integralmente”, adiantou.
Eleições
Enquanto isso, a guerra entre os deputados e o presidente afastado não terminou. Nesta quinta-feira, 21, os deputados aprovaram por unanimidade o projeto de resolução que convocar eleições em caso de renúncia de quatro membros da mesa diretora.
A iniciativa, do deputado Jory Oeiras (PRB), é vista como uma preparação para a anulação da eleição de Moisés Souza para o biênio 2017-2019, feita antecipadamente em setembro passado.
Foto: Arquivo