DA REDAÇÃO
O Ministério Público do Amapá e a Associação do MP divulgaram nota de repúdio contra os ataques nas redes sociais dirigidos à promotora Socorro Pelaes, da Vara de Execuções Penais de Macapá. A promotora investiga agentes penitenciários acusados de torturar presos.
“O MP-AP e a Ampap reconhecem e enaltecem o brilhante trabalho que vem sendo executado pela combativa e competente Promotora de Justiça e, por isso, reafirmam o compromisso de salvaguardar o livre exercício de suas atribuições constitucionais e legais, assim como de defender sua integridade e honra contra todos os ataques levianos e infundados de que tem sido vítima”, diz o documento.
Na semana passada, Socorro Pelaes recomendou o afastamento de seis agentes de uma guarnição do Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen). Eles estariam envolvidos em homicídios e crimes de tortura dentro do presídio.
Depois da divulgação, a promotora passou a sofrer ataques nas redes sociais. Nesta segunda-feira, 3, Socorro Pelaes informou ao portal SELESNAFES.COM que está identificando todos agressores. Ela disse que pretende usar esses casos como exemplos de que as opiniões nas redes sociais precisam ser isentas de ofensas, agressões e ameaças.
Ainda na nota, as entidades dizem que “os autores dos crimes perpetrados serão identificados e punidos na forma da lei. Infelizmente, casos de ameaças à honra e à integridade de Membros do Ministério Público têm se repetido com frequência nos últimos anos, especialmente objetivando diminuir o eficiente trabalho que tem sido realizado por todos os integrantes do Ministério Público brasileiro e amapaense”.
Elas adiantaram que pretendem permanecer atentas na defesa da honra e integridade de seus membros, e intensificarão a luta pela segurança efetiva de quem enfrenta situações de risco em função do cargo exercido.
“(…) nada nos deterá de cumprirmos fielmente nossas honrosas atribuições em defesa da sociedade amapaense e dos direitos humanos”, conclui.
A Delegacia Geral de Polícia determinou a abertura de inquérito para investigar as ofensas e ameaças à segurança da promotora.