Após o Ministério Público Federal divulgar a recomendação que pedia a suspensão imediata do Arraiá no Meio do Mundo, por conta dos prejuízos que a estrutura estaria causando impedindo a visibilidade da Fortaleza de São José de Macapá, a Liga Junina do Amapá (Ligajap) afirmou que ainda não foi notificada sobre o assunto e que espera ser chamada para apresentar defesa. O problema é que o festival termina no sábado, e a recomendação não vai adiantar de nada.
A presidência da Liga informou que nesta quarta-feira, 2, o procurador responsável pelo caso retorna de viagem para dar prosseguimento à questão. “Nós fomos informados que o procurador estava viajando e que estará retomando o caso esta semana. Enquanto a Liga não é notificada o Festival Junino continua normalmente. A grande final será no sábado, 5” explicou o vice-presidente da Ligajap, Jorge Figueiredo.
Para tomar a decisão de recomendar a suspensão do evento, o MPF se baseou na nota técnica do Iphan que aponta que: “Não existe sentido em realizar eventos à base da muralha do maior patrimônio cultural do Estado, se for para escondê-lo atrás (…) de metal e lona, ou qualquer outro tipo de estrutura que não dialogue com a imponência que a Fortaleza possui”.
Segundo a recomendação do MPF, a estrutura irregular é justamente a que cobre a visão do monumento. De outro lado, a Liga explica que a medida foi necessária para que ocorresse o festival, já que chuvas ainda não pararam. “Se não tivesse a lona o festival estaria super atrasado, pois está chovendo muito e a falta de proteção prejudicaria o espetáculo”, concluiu Jorge.
Caso a promotoria aponte para um decisão de retirada da estrutura a Liga terá três dias úteis para realizá-la, data que coincidirá com a final do 1º grupo e último dia de festival, que será no sábado, 5.