Entidades condenam agressão a repórter

O repórter Heraldo Almeida, da Diário FM, foi agredido pelo deputado Moisés Souza e um advogado dele. Foto: Diário do Amapá
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DA REDAÇÃO

Entidades de classe e uma ong do Amapá divulgaram notas de repúdio à violência sofrida pelo repórter Heraldo Almeida, da rádio Diário FM, de Macapá, durante cobertura da prisão do deputado Moisés Souza (PSC). O jornalista foi agredido pelo parlamentar e por um advogado que o acompanhava.

Segundo reportagem do jornal Diário do Amapá, o jornalista cobria a chegada do deputado na sede da Polícia Técnica (Politec) onde ele faria o exame de corpo de delito, protocolo comum após uma prisão.

O repórter tentava fazer uma pergunta ao deputado no momento em que ele descia da viatura. O parlamentar teria tentado arrancar o celular de sua mão e depois empurrado Almeida.  No mesmo instante, o profissional foi agredido com um murro por trás. Ele identificou um advogado de Moisés Souza como agressor.

A direção da Diário FM informou que tomará providências judiciais pela agressão.

Em notas, os sindicatos de Radialistas e dos Jornalistas manifestaram apoio ao profissional e condenaram as agressões.

O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Rádio e Televisão do Amapá (Sinterp) disse que vai acompanhar o processo em todas as instâncias e denunciar o caso à Federação dos Radialistas.

“Não podemos nos acovardar nem calar nossa voz ou se intimidar. Nossa função é noticiar com responsabilidade  sem medo do poder”, diz a nota.

O Sindicato dos Jornalistas do Amapá (Sindjor) informou que deu ciência sobre o episódio a todo o país, por meio da Federação dos Jornalistas (Fenaj).  

“…ato grave que demonstra a intolerância e a incapacidade de convivência harmoniosa do deputado e o irmão com a imprensa que cobria o fato. A atitude do deputado estadual Moisés Souza fere o direito constitucional da liberdade de imprensa”, concluiu a presidente do Sindjor, Denise Quintas. 

 A ONG Memorial Amapá, onde o repórter é conselheiro, também condenou o episódio.

“A liberdade de expressão e o direito a informação são conquistas constitucionais irreversíveis, e o Memorial Amapá repudia com veemência  qualquer tentativa de cerceamento desses direitos”, informou o presidente Walter do Carmo Júnior.

Seles Nafes
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