Justiça dá 5 dias para trabalhadores desbloquearem entrada de fábrica

Trabalhadores estão acampados na porta da Jari Celulose, onde cobram o pagamento de indenizações
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De Laranjal do Jari, DALTON PACHECO 

Funcionários demitidos de uma empresa que era contratada pela Jari Celulose estão acampados na porta da fábrica, que fica no município paraense de Almeirim, na divisa entre os estados do Amapá e do Pará. Eles estão bloqueando a entrada de funcionários no complexo e reivindicam o pagamento de indenizações trabalhistas.

Os manifestantes são remanescentes de um total de 468 trabalhadores dispensados da NDR Agro Florestal. Na quinta-feira (10), eles passaram a interditar a saída da fábrica para Monte Dourado (Distrito de Almeirim, no Pará) e também os dois portões de entrada da fábrica ao norte e ao sul.

Trabalhadores acampados há vários dias. Fotos: Joseph Freitas

Acessos para a fábrica estão bloqueados pelos manifestantes

Os trabalhadores foram demitidos no dia 12 de maio, e ainda não receberam seus direitos trabalhistas, como rescisão, FGTS e multa de 40% sobre o fundo de garantia.

A justiça do trabalho de Monte Dourado já deu sentença favorável aos trabalhadores, autorizando que a Jari se responsabilizasse pelo pagamentos no lugar da NDR, mas até agora os profissionais não viram um centavo das verbas rescisórias.

A Jari Celulose alega que não tem condições de pagar os trabalhadores. Segundo informações de um dos manifestantes, a empresa estaria disposta a recontratar os trabalhadores, mas sem se responsabilizar pelo débito da terceirizada.

Enquanto isso, a justiça de Almeirim deu 5 dias de prazo para que os trabalhadores da NDR se retirem da porta da fábrica. Em caso de desobediência, a justiça autorizou o uso de força policial. Os trabalhadores afirmam que vão continuar o protesto.

Trabalhadores dizem que irão continuar o protesto

Seles Nafes
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