“Não podemos permitir que o crime estabeleça o terror”, diz presidente do Tjap

Presidente do Tjap é a favor da construção de uma política criminal.
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CÁSSIA LIMA

“Eu vejo com estrema preocupação. Eu acho que os acontecimentos da última semana são mais preocupantes”, disse o presidente do Tribunal de Justiça do Amapá (Tjap), desembargador Carlos Tork, nesta semana durante um bate-papo com a imprensa. A conversa teve como tema a segurança pública e o crime organizado em Macapá.

O presidente analisou o ataque a policiais no Fórum de Santana, ocorrido no dia 9 de setembro, e o assassinato de um sargento da PM nas ruas de Macapá, e as mortes em série ocorridas a duas semanas. O chefe da corte amapaense acredita que os órgãos devem fazer uma força conjunta que envolva as polícias Civil e Militar, Corpo de Bombeiros, Polícia Rodoviária e Guarda Municipal.

“Todos esses fatos precisam de esclarecimentos e o tribunal está empenhado numa grande mobilização estadual para estabelecermos parâmetros de uma política de segurança pública que envolva a todos”, destacou o presidente.

Assassinatos em série ocorridos no dia 18 de outubro. Foto: Olho de Boto

Ele avaliou como positivos os resultados da audiência de custódia que passaram a ser realizadas no estado. Segundo dados do Tjap, o sistema prisional comum tem índice de reinserção criminal de 85%, ou seja, o preso tem 85% de chance de praticar um crime mais grave do que o primeiro.

“Quando eles passam pela audiência de custódia, as chances de isso acontecer são de 8% no Amapá, sendo que nossa média nacional é de 5%. Eu acredito que é um resultado eficaz que traz ganho para a sociedade”, falou o presidente.

Carlos Tork e representantes de órgãos de segurança vão se reunir na segunda-feira (30), na sede do Ministério Público Estadual, para planejamento de estratégias de combate ao crime na capital.

Seles Nafes
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