Ação na Justiça pede viaturas e combustível em 24 horas para Laranjal do Jari

O MP diz que a única viatura da Polícia Militar estava na iminência de parar por falta de combustível.
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ANDRÉ SILVA

A Promotoria de Justiça do município de Laranjal do Jari, distante 265 quilômetros de Macapá, ingressou com uma ação na Justiça contra o Estado, para que disponibilize em 24 horas duas viaturas para a cidade e a regularização no abastecimento de combustível para esses veículos. 

Segundo o Ministério Público (MP), a única viatura da Polícia Militar, que opera na cidade, estava na iminência de parar por falta de combustível. O MP diz ainda que o quadro de policiais na cidade está muito abaixo do necessário.

A Polícia Militar informou que ainda não foi notificado oficialmente sobre a ação, e contestou algumas informações.

A ação foi protocolada na sexta-feira (12), e, segundo o MP, foi provocada depois de que o batalhão solicitou um veículo emprestado para fazer o policiamento em uma festa na comunidade de Jarilandia.

Laranjal do Jari é a terceira cidade mais populosa do Amapá Foto: Arquivo

Após o pedido, considerado inusitado pelo MP, a instituição realizou uma diligência no batalhão, onde constatou que apenas uma viatura estava funcionando. O município é o terceiro mais populoso do Amapá, com 47 mil habitantes.

“Descobriu-se ainda que problemas no fornecimento de combustível poderiam causar a iminente paralisação dessa única viatura disponível”, reforçou o MP.

Além disso, o documento relata a última inspeção realizada no segundo semestre de 2017, que constatou que o efetivo de homens no batalhão, que deveria ser de 400, era de 82 agentes.

“Pane seca”

O comandante em exercício da Polícia Militar, coronel Rômulo Sousa, disse que não há “pane seca” – falta de combustível – em nenhuma unidade da PM do estado.

“É obvio que dependemos de transporte para Laranjal do Jari, como para outros rincões, como Oiapoque, que são locais longínquos, e, alguma vez, ficamos nessa dificuldade de prestes a encerrar o combustível, mas isso nunca aconteceu e nunca permitimos que acontecesse. Não está faltando combustível”, garantiu o coronel.

Sobre a quantidade de veículos na região, o coronel falou que existem naquela cidade quatro picapes, quatro motocicletas e mais algumas viaturas que ele não soube detalhar. Disse também que é possível que algumas estejam em manutenção.

Em relação ao número de policiais no local, o comandante reconheceu que existe um déficit no efetivo. O quadro da PM atualmente dispõe de 2.960 agentes. O ideal seria pouco mais de 7.900 homens. O déficit passa  de 60%.

“Sensível a esse problema, o governador do estado determinou a contratação de mais 300 homens”, falou.

Segundo o coronel, parte desses novos soldados serão remanejados para batalhões de outros municípios, inclusive, Laranjal do Jari. Ele disse que vai aguar a notificação da Justiça para contestar os pontos colocados na ação do MP.

Seles Nafes
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