Justiça autoriza que coronel preso por desvio de dinheiro saia para estudar e trabalhar

Coronel reformado Lindemberg Abel do Nascimento está preso no quartel da Polícia Militar.
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DA REDAÇÃO

A Justiça do Amapá autorizou a saída do coronel reformado Lindemberg Abel do Nascimento, preso no quartel da Polícia Militar, para trabalhar e estudar. “Coronel Abel”, como é conhecido, foi para a cadeia no dia 13 de abril, acusado de desvio de verba pública.

De acordo com a decisão, assinada pelo desembargador Carlos Tork, o coronel cumpre pena de pouco mais de 7 anos no regime semiaberto, o que possibilita a sua saída da prisão para estudo e trabalho externos.

Segundo consta na decisão, a defesa de Abel informou que ele está matriculado na Faculdade Meta, onde cursa o 1º semestre do curso de bacharelado em administração, no turno da noite, de 19h às 22h; e que há proposta de emprego no mesmo estabelecimento, para o desempenho do cargo de supervisor de segurança, de segunda a sexta-feira, de 8h às 12h e de 14h às 18h, e aos sábados, de 8h às 12h.

A Justiça autorizou a saída de segunda a sexta-feira, no horário de 19h às 22h, “devendo retornar ao cárcere, impreterivelmente, até as 22h30; bem assim sair para o trabalho externo, de segunda a sexta-feira, no horário de 8h às 12h e 14 às 18h, e aos sábados de 8h às 12h, conforme requerido”.

Coronel Abel foi condenado por participação num esquema que desviou R$ 5 milhões da Assembleia Legislativa do Amapá (Alap), através da simulação de compras de passagens aéreas de uma agência de viagens, entre os anos de 2011 e 2012.

Ele também foi condenado em um processo de improbidade administrativa que corre na 2ª Vara Cível e de Fazenda Pública de Macapá. Pela decisão, ele e outros sete acusados tiveram os bens indisponibilizados até o limite de R$ 585 mil. Segundo a Justiça, esse valor teria sido desviado por meio de um contrato de informática. O dinheiro teria sido pago, sem que o serviço tivesse sido prestado.

Segundo a defesa do coronel, nos dois casos, Abel agiu apenas cumprindo ordens que vinham da presidência da Assembleia. A defesa promete recorrer.

Seles Nafes
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