Candidata acusa partido de não repassar recursos para campanha de mulheres

Alandy Cavalcante promete ingressar com uma ação no TSE contra o próprio partido
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DA REDAÇÃO

A candidata a deputada federal pelo Solidariedade do Amapá, Alandy Cavalcante, promete ingressar na Justiça com uma ação contra o próprio partido. Ela acusa o presidente nacional da legenda, Paulinho da Força, de contingenciar os recursos dos Fundos Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) e Partidário para mulheres que concorrem pelo Solidariedade nas eleições de 2018.

Candidata avisou que vai solicitar ao TSE a quebra de sigilo bancário de todos os que integram a diretoria do Solidariedade. Foto: Divulgação

O Solidariedade recebeu um montante de R$ 40 milhões do FEFC e mais recursos do Fundo Partidário. Conforme a Resolução nº 23.568/2018, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), as candidatas têm direito entre 30% e 40% dessas verbas para financiar suas campanhas. Mas, segundo Alandy Cavalcante, os recursos só são distribuídos para os homens, candidatos “preferidos” pela diretoria nacional.

“Eles estão negando nossos direitos. Isto não está acontecendo só no Solidariedade, está acontecendo em outros partidos também. Colocaram as mulheres para cumprir a cota de gênero, estão se aproveitando, isso é um conchavo, porque já têm seus candidatos preferidos. E nós não vamos aceitar isso, queremos igualdade, como está na lei”, reclama a candidata amapaense.

Ela disse que, na representação jurídica, vai solicitar ao TSE a quebra de sigilo bancário de todos os que integram a diretoria do Solidariedade, bem como a suspensão de repasses de recursos, para que a própria justiça eleitoral assuma a distribuição. A denúncia também será feita no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Amapá.

“Estamos indignadas com essa situação. Quer dizer que alguns vão para guerra armados e outros só servem de bucha de canhão?”, questiona a candidata.

Ainda de acordo com ela, o presidente nacional do partido mandou um recado depois do registro das candidaturas: não terá nenhum centavo, “pois o partido não tem interesse de eleger mulheres para a Câmara dos Deputados”, afirma Alandy Cavalcante.

“Ele [o presidente nacional do Solidariedade] está destinando a maior parte dos recursos do povo, que é público, em benefício da sua própria eleição e dos seus apadrinhados, demonstrando assim que esse financiamento público só elegerá homens e os ricos”, acusa.

Foto de capa: Arquivo/SN

Seles Nafes
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