Tjap decide que ações penais contra 20 políticos serão julgadas no Amapá

No total são 21 ações penais ofertadas pelo Ministério Público do Estado
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DA REDAÇÃO

O Tribunal de Justiça do Amapá (Tjap) decidiu que serão julgadas pela própria corte as 21 ações penais ofertadas pelo Ministério Público do Estado contra políticos, baseadas em provas da Operação Mãos Limpas, de 2010. A decisão, desta quarta-feira (22), vale para os réus que também perderam o foro privilegiado.

Os magistrados do Pleno do Tjap entenderam que as ações tratam dos mesmos fatos, a farra de diárias pagas a deputados durante a gestão do então presidente Jorge Amanajás, atual candidato ao Senado pelo PPS. As ações seriam conexas, ainda que envolvendo autoridades diferentes.

São réus:

Ex-deputados

Jorge Amanajás, ex-presidente da Alap

Eider Pena, ex-primeiro secretário da Mesa Diretora

Isaac Alcolumbre

Francisca Favacho

Alexandre Barcellos

Jorge Salomão

Joel Banha

Manoel Brasil

Keka Cantuária

Edinho Duarte

Moisés Souza

Mira Rocha

Leury Farias

Zezé Nunes

Paulo José

Meire Serrão

José Soares

Rui Smith

Deputados estaduais:

Kaká Barbosa, atual presidente da Alap

Charles Marques

Ex-gestor:

Wilson Nunes de Morais, ex-secretário de Orçamento e Finanças da Assembleia Legislativa

O grupo é acusado de desviar R$ 17 milhões com o pagamento fraudulento de diárias de viagem, entre 2006 e 2010. As ações, que estão no Tjap há 1 ano e meio, são pelos crimes de formação de quadrilha, falsidade ideológica e peculato.

Os réus também são acusados de usar documentos falsos para mascarar a ilegalidade dos pagamentos. As denúncias dizem que a sensação de impunidade era tão grande que os réus não se preocuparam com a qualidade das falsificações, perceptíveis para qualquer pessoa.

A decisão do pleno do Tjap foi quase inânime. Dois desembargadores se declaram impedidos para julgar: Agostino Silvério e Manoel Brito. Essa tem sido a postura de ambos em julgamentos que envolvem deputados estaduais.

O procurador responsável pelos processos, Nicolau Crispino, elogiou a decisão do Tribunal de Justiça. 

Seles Nafes
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