Justiça manda deputada e pastor pararem campanha em igrejas

Parlamentar e pastor podem pagar multa de R$ 20 mil
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DA REDAÇÃO

A Justiça Eleitoral do Amapá determinou à deputada estadual Edna Auzier (PSD) e ao pastor evangélico Ronaldo Azevedo Júnior que deixem de realizar campanha em igrejas, sob pena de multa de R$ 20 mil.

De acordo com o Ministério Público Eleitoral (MP Eleitoral), autor da ação, ambos estavam utilizando o espaço da Igreja do Evangelho Quadrangular “Tabernáculo dos Milagres”, em Macapá, para promover a candidatura da parlamentar à reeleição.

A ação diz que no dia 17 de setembro, o pastor utilizou a igreja para proferir palavras de apoio e defender a candidatura de Edna Auzier. Ronaldo Azevedo Júnior é assessor parlamentar da deputada, segundo o MP, com remuneração mensal de R$ 1,8 mil.

O MP teve acesso a vídeo em que aparece o pastor orientando os fiéis a votarem na candidata, por ser alguém que vai defender “conceitos cristãos” e por se tratar de uma “mulher de Deus”, diz trecho da ação. O discurso é seguido de oração feita por um dos outros três pastores que aparecem no púlpito, onde também estão Edna Auzier, que faz uso da palavra, e seu companheiro Eider Pena, ex-deputado estadual.

A imagem foi enviada ao MP através de denúncia.

“A liberdade de pregar a religião não pode ser invocada como escudo para a prática de atos vedados pela legislação”, destaca trecho da decisão.

Em junho, o MP já havia recomendado a não realização de campanhas em entidades religiosas. De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a prática pode configurar abuso de poder econômico, já que a utilização de recursos dos templos em favor de candidato causa desequilíbrio na igualdade de chances entre os concorrentes.

A reportagem não conseguiu contato com os citados.

Seles Nafes
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