Por RODRIGO INDINHO
O apartamento 101, da quadra 5 do Residencial Jardim Açucena, na zona sul de Macapá, onde um homem e uma mulher foram encontrados mortos na manhã desta terça-feira (7), por pouco não foi saqueado totalmente por vândalos logo após a retirada dos corpos. De acordo com moradores, os ladrões ainda teriam saído do local com dois ventiladores, antes que a vizinhança começasse a gritar em protesto.
“Nós começamos a gritar: ‘a mulher foi morta e vocês ainda ficam roubando? Sacanagem isso, vamos chamar a polícia. Então, eles foram embora levando só ventiladores. Provavelmente iriam retornar para pegar mais coisas”, contou um morador que pediu para não ser identificado, por medo de represálias dos bandidos.
O imóvel era de Keyla Monteiro Madureira, 27 anos, que foi assassinada com uma facada no pescoço, na manhã de terça-feira (7). Ao que tudo indica, ela foi morta pelo ex-companheiro, Denivaldo Miranda da Silva, de 40 anos. Ele se matado em seguida, na sala do apartamento.
Durante a tarde, os familiares de Keyla retiraram o restante dos pertences dela do apartamento e trancaram o local com cadeados e correntes. Até a central de ar condicionado foi retirada para evitar mais transtornos.
Equipes do 1° Batalhão da Polícia Militar fizeram diligências em busca dos suspeitos, mas nenhum deles foi localizado.
No local, a família de Keyla Monteiro preferiu não falar sobre a morte dela. Contudo, vizinhos relataram ao portal SelesNafes.com como era a relação entre Keyla e Denivaldo. Sem querer se identificar, eles disseram que o rapaz não aceitava o fim do relacionamento e que eram frequentes as brigas e gritos vindos do apartamento, constantemente visitado por ele após o término entre eles.
“Constantemente ela era procurada, brigavam e era ameaçada. Eu conhecia ele do Congós e ele já era muito agressivo desde um outro relacionamento. Uma pena que nossa amiga se foi”, lamentou uma vizinha.
Keyla morava no apartamento com o filho autista, de 8 anos, que teria presenciado tudo o que aconteceu. A criança não é filha de Denivaldo. Keyla deixou mais uma filha pequena, de 3 anos, que não morava com ela. A polícia trata o caso como feminicídio, seguido de suicídio.