Investigação contra servidor do MP originou operação contra desembargador

Servidor de carreira do MP teve CPU do computador apreendida pelos agentes
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Por SELES NAFES

O desembargador Manoel Brito, do Tribunal de Justiça do Amapá (Tjap), não foi o único alvo da Polícia Federal, na manhã desta quarta-feira (10). Os policiais também cumpriram um mandado de busca e apreensão na sala funcional de um servidor do Ministério Público do Estado.

A Operação Serviço Sério investiga favorecimento em decisões judiciais, e corre em segredo por determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que emitiu os mandados. Contudo, o Portal SelesNafes.Com conseguiu apurar algumas informações.

O mandado no MP foi cumprido na sede da Procuradoria-Geral de Justiça, no bairro do Araxá, na zona sul de Macapá, onde os policiais apreenderam a CPU de um computador utilizado pelo servidor que é do quadro de carreira. Ele também é assessor de um promotor de justiça.

Numa nota, o MP confirmou o cumprimento do mandado de busca, mas não deu maiores detalhes.

Outra informação importante é a origem das investigações. Uma fonte informou que foi um processo administrativo disciplinar contra o servidor do MP que deu origem à denúncia contra o desembargador.

As informações apuradas no PAD contra o servidor e a denúncia de um empresário que explorava o Macapá Hotel foram parar na Vice-Procuradoria de Justiça do Ministério Público Federal, e no STJ por causa do foro privilegiado do desembargador.

Denúncia de inquilino do Macapá Hotel foi parar no STJ. Fotos: Arquivo/SN

Manoel Brito, de 67 anos, deixou a presidência do Tribunal Regional Eleitoral do Amapá (TRE-AP) no fim do ano passado, e voltou para o Tjap. Policiais cumpriram mandados no gabinete dele e na residência, num edifício no Bairro Santa Rita.

O desembargador já responde a um processo disciplinar no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que já começou a ser julgado. Até agora, o placar é desfavorável ao magistrado. A maioria dos ministros já votou pela disponibilidade, ou seja, o afastamento dele do cargo por no mínimo dois anos.

Neste caso, a suspeita é de que ele tenha favorecido um ex-prefeito de Laranjal do Jari numa decisão liminar quando estava em plantão. O Portal SN ouviu a defesa do desembargador, que nega todas as acusações.

A reportagem será postada em instantes. 

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