O decreto de caducidade do contrato de concessão da Estrada de Ferro do Amapá foi anulado pelo governador Waldez Góes (PDT). O ato é fruto de um acordo com o grupo que quer retomar a mineração de ferro na região de Pedra Branca do Amapari, e teve aprovado um plano de recuperação judicial para suceder a indiana Zamin.
Com o acordo assinado pelo governo, o grupo poderá liberar o equivalente a R$ 10 milhões, para o pagamento de trabalhadores que receberam calotes da empresa a partir de 2014.
Em agosto, a Pedra Branca Alliance PTE Ltda teve aprovado o plano de recuperação pela Vara de Falências do Tribunal de Justiça de São Paulo. O grupo pretende investir R$ 900 milhões e cinco anos na recuperação da estrada de ferro, terminal portuário e na mina.
“Fizemos a nossa parte e agora, na questão social, deve existir todo um cuidado porque após todo esse tempo aconteceu a utilização indevida da ferrovia e devemos estar alinhados para investir e colocar o Plano em execução da melhor forma possível”, disse o governador Waldez Góes, no ato de assinatura do acordo nesta terça-feira.
Estrada de ferro será recuperada. Foto: Seles Nafes
As empresas Cadence Minerals, IndoSino PTE Ltda e DEV Mineração, que fazem parte do grupo, serão responsáveis pelo pagamento das dívidas da Zamin
“Já fizemos o depósito de US$ 2,5 milhões no processo de recuperação judicial. Como temos a visão dos pontos mais sensíveis aqui do Estado, acordamos de somente entrar se fosse possível pagar integralmente os trabalhadores habilitados na recuperação. Existiam algumas condições para serem liberados. Uma delas era esse Termo de Acordo. Agora falta fecharmos a negociação com o banco para a liberação desses valores”, afirmou Washington Luiz, da Pedra Branca Alliance.
