Farmácias são interditadas por vender álcool e máscaras a preços abusivos

Até o fim da manhã desta segunda-feira (23), três farmácias de Macapá tiveram as atividades suspensas por conta da prática de preços abusivos ao consumidor.
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Por RODRIGO ÍNDIO

Três farmácias tiveram as atividades suspensas por conta da prática de preços abusivos ao consumidor durante uma operação da Polícia Civil iniciada na manhã desta segunda-feira (23). Os estabelecimentos ficam localizados nos bairros Central, e Novo Buritizal, na zona sul de Macapá.

Um deles, na rede Mercadão dos Medicamentos, já havia sido notificado por vender álcool líquido 70% a R$ 45, e reincidiu na prática abusiva, segundo as autoridades, e acabou sendo interditado por 48h. O caso foi noticiado pelo Portal SelesNafes.com no último dia 17.

Farmácia no Novo Buritizal havia sido notificada pelo mesmo tipo de infração na semana passada. Fotos: Rodrigo Índio/SN e Divulgação

Em outro caso, na avenida Procópio Rola, no Centro da capital, a reportagem do Portal SelesNafes.com flagrou o momento em que o responsável de uma das farmácias interditadas, a Farmafrancy, retirou e rasgou o aviso de interdição afixado na porta de entrada do estabelecimento. Outra Farmafrancy, na avenida FAB com a Jovino Dinoá, também interditada.

Ele retirou o nome da polícia civil do documento oficial e destacou um aviso de escassez de álcool em gel e máscaras de proteção facial.

A operação foi comandada pela delegada Janeci Monteiro, da Delegacia Especializada na Apuração de Crimes Contra o Consumidor (Deccon), com apoio do Procon e a Vigilância Sanitária.

.. que depois teve o aviso aviso de interdição arrancado por um responsável pelo estabelecimento

Ao portal, a delegada Janeci disse que já tinha conhecimento da atitude do proprietário e que a polícia retornou ao local e novamente afixou os avisos reforçando a interdição.

“A destruição de documentos públicos é crime e pode até resultar em prisão, com pena de 1 a 5 anos”, advertiu a delegada.

Ela ressaltou que o combate à especulação de preços abusivos de medicamentos e outros produtos usados no combate e prevenção ao novo coronavírus (Covid-19), entre os quais o álcool em gel e a máscara de proteção facial, é o principal foco das ações.

O combate à especulação de preços abusivos de medicamentos e outros produtos usados no combate e prevenção ao novo coronavírus…

… é o principal foco das ações

“Nosso objetivo principal não é fazer prisões, mas se elas forem necessárias, iremos fazer, pois retenção de produtos para especulação de preços e majoração abusiva de valores constituem crime, cuja pena varia de 2 a 5 anos de reclusão”, explicou a delegada.

A ação também visa combater a retenção desses produtos, que seria uma estratégia para justificar o aumento dos preços através da escassez, estamos atentos a essa prática abusiva

Interdição valo por dois dias

Segundo Janeci, as ações policiais se estenderão por toda capital enquanto durar a crise causada pelo novo coronavírus. Ela pediu a colaboração da população.

“Precisamos que a população faça a sua parte. Prossiga com o isolamento social e nos procure para denunciar os abusos”, alertou a delegada.

Delegada Janeci pede a colaboração da população

Seles Nafes
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