Restos mortais eram de Malu

Ossada foi descoberta quando o navio já havia retornado para Santarém. Exame de DNA identificou menina, aliviando sofrimento da família
Compartilhamentos

Por SELES NAFES

A Polícia Técnica do Amapá identificou os restos mortais encontrados dentro do navio Anna Karoline III, depois que a embarcação já tinha retornado para Santarém (PA). O exame de DNA revelou que a ossada é mesmo da menina Maria Luiza Alves de Brito, de 7 anos, a única vítima fatal que ainda não havia sido localizada pelas equipes de resgate.

A tragédia particular foi contada pelo repórter Marco Antônio P.Costa na reportagem “A Família que descansou no Rio Jari”, publicada no Portal SelesNafes.Com no dia 5 de março. A menina viajava acompanhada dos pais, Helton Cardoso de Brito, de 36 anos, e Samella Thayara Alves dos Santos, de 28.

A família, que sempre costumava viajar de navio, estava retornando para Almeirim (PA) depois de férias em Macapá. Helton era comerciante, e Samella ia assumir o cargo de professora em Almeirim. A família também estava retornando para uma festa de aniversário da qual vários passageiros do navio também eram convidados.

O Anna Karoline III naufragou na madrugada de 29 de fevereiro durante uma tempestade no Rio Jari, Sul do Amapá, matando 37 pessoas. O corpo de Helton foi encontrado bem longe do local do naufrágio, já no município de Mazagão. O corpo de Samella foi descoberto nos primeiros dias de buscas.

Depois que o navio foi içado e colocado na posição correta, no último dia 3 de abril, mais cinco corpos foram localizados, e Maria Luiza não estava entre eles, o que aumentou a dor da família.

Samella era professora, Helton comerciante. Foto: Reprodução

Os três viajavam para Almeirim

Fiscais e funcionários da empresa dona do navio observam restos mortais da menina em Santarém. Foto: Semma/Divulgação

No último dia 16, quando a ossada foi encontrada no navio já atracado em Santarém, a esperança da família de localizar todos os corpos foi renovada.

Agora, com a identificação de “Malu”, como era carinhosamente tratada, parentes consideram que o ciclo foi fechado.

“Minha princesa chegou. O corpo foi reconhecido. Triste, mas o alívio de saber onde será sepultada ameniza minha dor. O corpo é a morada da alma. Minha estrelinha já estava lá com papai e mamãe”, disse a avó da menina, Rosa Brito.

O sepultamento de Malu está marcado para as 10h, no cemitério São José, no bairro Santa Rita, em Macapá.

Seles Nafes
Compartilhamentos
Insira suas palavras de pesquisa e pressione Enter.
error: Conteúdo Protegido!!