Por SELES NAFES
O senador Lucas Barreto (PSD), relator do projeto aprovado ontem (5) no Senado que transfere em definitivo as terras da União para os estados do Amapá e Roraima, disse nesta quarta-feira (6) que essa é a grande oportunidade de regularizar e ampliar atividades, especialmente no setor produtivo.
Lucas lembra que, com a aprovação do projeto que simplifica a comprovação de posse, agricultores e empresários que adquiriram terras de boa-fé poderão pagar pelos títulos e acessar financiamentos para incrementar a produção.
Só o Banco da Amazônia, acrescenta, tem R$ 450 milhões disponíveis para financiamentos, desde que os proprietários das terras apresentem os títulos.
“Nós temos 73% de áreas preservadas de competência da União, 4% de área inundadas e uma empresa tem quase 2% das terras. Tirando as reservas (indígenas) o que sobra é muito pouco para regularizar. Vão ficar 7% de áreas que não têm conflito, que têm a posse fática”, explicou. Ouça.
A transferência das terras foi decretada durante os governos Lula e Dilma (PT), mas, na prática, o excesso de burocracia na comprovação da posse emperrava os processos. Em outubro de 2019, o então presidente da República em exercício, Davi Alcolumbre (DEM), assinou novo decreto que ainda precisaria da anuência do Congresso.
Outro efeito da aprovação do projeto, assegura Lucas, é a segurança para os agricultores.
“Poderão trabalhar em paz e com segurança, e não vai acontecer o que está acontecendo aí, onde o Ibama e Sema, todo mundo quer multar quando você quer fazer alguma roça para produzir”.