Justiça decreta prisão de policial acusado de matar empresária

Leandro da Silva Freitas, de 29 anos, é acusado do feminicídio da empresária Ana Kátia Almeida da Silva, de 46 anos. Crime ocorreu em Macapá.
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Por OLHO DE BOTO

O agente de Polícia Civil do Amapá em estágio probatório Leandro da Silva Freitas, de 29 anos, acusado do feminicídio da empresária Ana Kátia Almeida da Silva, de 46 anos, vai continuar preso. A decisão é do Moisés Ferreira Diniz, da Comarca de Macapá, cidade onde ocorreu o crime.

O magistrado plantonista resolveu converter a prisão em flagrante de Freitas em preventiva durante audiência de custódia, que só terminou na madrugada desta sexta-feira (10). O Ministério Público e a Polícia Civil fizeram o pedido.

O magistrado avaliou que o policial demonstrou ter despreparado para portar uma arma de fogo, em virtude de supostos tiros que teriam sido disparados por ele antes da vítima ter sido atingida e da chegada da PM para averiguar os disparos. 

O juiz entendeu que o crime atribuído “é de extrema gravidade, porque retirou, em tese, o bem jurídico maior que é a VIDA, e, pela maneira com que transcorreu o fato, e como agiu o custodiado que, segundo a testemunha HUGO FREITAS, relatou que a Polícia Militar chegou ir ao local, e conversou com o custodiado por conta de ter efetuado dois disparos, e depois deixou o local. Isso, antes da vítima ser alvejada”.

O advogado Charles Bordalo, que defende o policial, informou que pedirá um habeas corpus. 

Ana Kátia era empresária do ramo gastronômico de Macapá

Ana Kátia era empresária do ramo gastronômico de Macapá. Proprietária de um buffet, ela foi morta com um tiro que atravessou o peito e saiu pelas costas. O crime ocorreu por volta de 2h de quarta-feira (8), durante a festa de aniversário da nora de Kátia, no Bairro Jardim Marco Zero, na zona sul. Segundo a polícia, eles tinham um relacionamento amoroso há pouco tempo.

A audiência de custódia só ocorreu quase dois dias após o feminicídio porque a Polícia Civil, que apura o caso, ouviu vários depoimentos antes de concluir esta fase inicial do inquérito, que é presidido pela delegada Cássia Costa, da Delegacia Especializada de Crimes Contra a Mulher (DCCM).

A polícia não informou se Freitas ficará no Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen), que fica na zona oeste da capital, ou se, por questões de segurança, ele será enviado ao Centro de Custódia da zona sul, no Bairro Zerão.

Um exame residuográfico comprovou vestígios de disparos na mão direita do policial – ele é destro. Freitas também ficou lesionado em um dos braços. A defesa dele alega que o tiro que matou Ana Kátia foi acidental.

Seles Nafes
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