Funcionários de restaurantes comemoram retorno ao trabalho

Empreendimentos do ramo de alimentação em Macapá e outros municípios foram liberados para funcionar presencialmente nesta segunda-feira (19).
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Por RODRIGO ÍNDIO

A alegria estampada no rosto de Maria de Fátima de Jesus, de 55 anos, retrata o alívio dela em poder voltar a trabalhar para ter como sustentar a família. Há 6 anos, ela é a responsável pela fabricação de sucos, sobremesas e higienização de uma churrascaria na orla de Macapá.

Após um mês fechado, por determinação de decretos municipal e estadual, o empreendimento onde ela trabalha teve autorização para voltar a funcionar nesta segunda-feira (19). Maria, contou que foram dias difíceis e teve até que fazer ‘bicos’ para ter o que comer.

“Tá sendo tudo pra gente voltar a trabalhar, porque com isso aqui [restaurante] parado, a gente não tem de onde tirar nosso sustento. É muito complicado. Seu Sarney ajudava a gente, mas tinha dias que eu procurava diária pra fazer pra sobreviver, porque sem trabalhar não dá. Então, esse retorno tá sendo a maior alegria, tô feliz por estar de volta ao meu local de trabalho e com o público”, disse.

O sentimento da funcionária retrata o de dezenas de colegas de trabalho. Ela é uma das 43 pessoas que são colaboradoras do Restaurante e Churrascaria Sarney.

Maria: “com isso aqui parado, a gente não tem de onde tirar nosso sustento”. Fotos: Rodrigo Índio/SN

O dono do empreendimento, o empresário Antônio Alves de Sousa, de 53 anos, conhecido como Sarney, veio do Maranhão para o Amapá em 1989. Desde 1994 empreende no ramo alimentício e nunca havia passado por uma situação como esta, mas confessa que seguiu o que determinavam as autoridades e especialistas.

Restaurante retornou com 50% da capacidade

Hoje, reabriu seus dois estabelecimentos. Com máscara no rosto, álcool em gel ao alcance das mãos e, armado com termômetro em formato de pistola, além da simpatia, ele recebeu cada cliente para o almoço.

Sarney: “Pensava nos meus funcionários e nas contas chegando pra eles e pra mim também, mas a empresa fechada não tinha como gerar renda”

“A gente ficou parado porque era obrigado, não teve outra solução. Pensava nos meus funcionários e nas contas chegando pra eles e pra mim também, mas a empresa fechada não tinha como gerar renda. Então, é muito difícil fechar um local que sustenta muitas famílias. Acho que faltou rever nossa situação, porque eu vejo os restaurantes como serviço essencial para a população, mesmo com regras de 30% de mesas, mas que não fechassem. Nós, do ramo alimentício, somos dos quem mais esterilizam as coisas. Agora vamos tentar seguir conquistando nosso público aos poucos”, esperançou-se.

Estabelecimento foi aberto com…

… uso de máscara…

… álcool em gel ao alcance das mãos…

… e alegria dos funcionários em…

… estarem de volta ao serviço

Mesmo com todas as dificuldades, Sarney disse estar fazendo de tudo para não demitir nenhum colaborador. O portal SelesNafes.com verificou que o estabelecimento onde foi feita a reportagem segue as medidas sanitárias impostas por decretos. Segundo o empresário, isso garante a segurança de todos e pode atrair ainda mais a clientela para degustar os pratos da casa.

A flexibilização das atividades econômicas foi autorizada pela Prefeitura de Macapá.

Seles Nafes
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