Médico afirma que decisão da Justiça deve afetar saúde do Amapá

Médicos tiveram registro cancelado após decisão.
Compartilhamentos

Por MARCO ANTÔNIO P. COSTA

O médico Flávio Lima Barreto, um dos que teve o seu registro provisório no Conselho Regional de Medicina (CRM) cancelado por decisão judicial, afirmou que a saúde do Amapá irá sofrer com a redução no número de profissionais que atuam no Estado.

A decisão do TRF1 derrubou posicionamentos anteriores do judiciário amapaense que permitiam o registro provisório no conselho de classe.

No entanto, o CRM recorreu da decisão, defendendo que médicos formados no exterior só atuem na medicina no Brasil após realizarem a prova do exame Revalida. Mais de 190 registros já foram cancelados no Amapá.

Flávio formou-se em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, e tem experiência exercendo a medicina em alguns estados brasileiros e até em outros países, como a Índia. O jovem médico afirmou que o Amapá como um todo pode ser prejudicado, mas que a situação pode ser pior em municípios do interior. Assista a entrevista de Flávio.

O portal SelesNafes.com entrou em contato com a Secretaria de Saúde do Amapá (Sesa) para saber o tamanho do impacto dos cancelamentos na saúde amapaense. Através de sua assessoria de imprensa, a Sesa respondeu que o Estado afastou sete médicos que tinham registro provisório e ainda não haviam feito a prova do Revalida.

Contudo, a Sesa afirmou que, para que o atendimento à população não ficasse prejudicado, redimensionou os serviços em algumas unidades e demandou novos profissionais para as vagas deixadas pelos médicos afastados.   

A Prefeitura de Macapá informou que a decisão não afetará o atendimento na rede de saúde da capital.

Veja a nota na íntegra:

A Secretaria Municipal de Saúde informa que a decisão da Justiça acerca da proibição de atuação de médicos que não fizeram o Revalida, não afetará o atendimento na rede municipal de saúde.

Sobre o programa Mais Médicos, desde o início do ano, a gestão vem adotando medidas para prevenir falta de profissionais, solicitando ampliação de vagas do programa para a capital. Atualmente, a Prefeitura mantém em seu quadro apenas profissionais aptos. Aqueles atingidos pela decisão foram desligados e substituídos, sem prejuízo aos atendimentos em Macapá. 

A Prefeitura de Macapá entende o processo legal que envolve o assunto e segue as determinações.

Seles Nafes
Compartilhamentos
Insira suas palavras de pesquisa e pressione Enter.
error: Conteúdo Protegido!!