Deck do Curiaú, um cartão postal abandonado

Reportagem voltou ao local um anos após a primeira reportagem e constatou que a situação só piorou
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Por ANDRÉ SILVA

Um ano depois de mostrar a degradação do espaço, a reportagem do portal Selesnafes.com voltou ao balneário do Curiaú para ver o estado do Deck usado por turistas, banhistas e pequenos empreendedores locais e constatou: a situação está pior que antes.

A estrutura em madeira está totalmente deteriorada e apresenta riscos para banhistas, que ainda precisam dividir o espaço com as centenas de vespas que constroem ninhos nas malocas – ou no que restou delas – e muito lixo deixado pelas pessoas que ainda frequentam o local.

À época da reportagem, a Prefeitura de Macapá chegou a cogitar uma obra de revitalização. Mas, um ano depois, a gestão informou que a responsabilidade é do Estado.

O marceneiro Rodrigo Pinheiro, de 25 anos, aproveitou a folga para curtir o lugar com a família. Ele disse que fazia tempo que não frequentava o balneário. Tomou um susto quando chegou.

Além da degradação das malocas…

… e dos caminhos do Deck…

… frequentadores têm que enfrentar mato e…

… lixo deixado. Fotos: André Silva/SN

“Total descaso. Abandonado e destruído. Um local que muitos visitam e hoje está abandonado desse jeito. Tirando o dia pra tomar um banho com a família e a gente dá de cara com essas passarelas todas destruídas”, lamentou o marceneiro.

José Irlan Dias, de 21 anos é estudante. Para ele, a falta de manutenção do local diminuiu ainda mais as opções para as pessoas que visitam Macapá.

José Irlan: “resta quase nada para os turistas visitarem”

Há risco de acidentes por todo o Deck

“Sabemos que o estado já tem poucos pontos turísticos e o balneário do Curiaú era um dos principais. Somado isso ao abandono e descaso do poder público, resta quase nada para os turistas visitarem”, criticou o estudante.

Há dezesseis anos, o pai da professora Marcione Leite tem um bar que funciona próximo ao Deck do Curiaú. Ela teve que assumir os negócios depois que ele adoeceu. Marcione lamenta que o local esteja abandonado porque, além de enfraquecer o turismo local, prejudica os negócios da família.

Marcione Leite : “eu nunca vi esse espaço tão abandonado como se encontra agora”

Por todo o local há sinais de…

… deteriotização

“Durante todo esse tempo que tenho trabalhando junto com meu pai e minha mãe, aqui, nesse balneário, eu nunca vi esse espaço tão abandonado como se encontra agora. Virou um lixão a céu aberto, além de ser um ponto de tudo que não presta. Nosso turista que vem de fora vê uma linda imagem na rede social e quando chega se depara com esse total abandono”, protestou a empresária.

O Portal SN entrou em contato com a Secretaria de Infraestrutura do Estado (Seinf), que assumiu a manutenção do Deck no ano passado. A pasta informou que já finalizou o projeto arquitetônico, incluindo alterações do espaço, e que a licitação para a contratação da empresa que irá executar a obra será realizada ainda este semestre.

Seles Nafes
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