Sobrevivente fala sobre queda de árvore que deixou 7 mortos no Amapá

Nesta terça-feira (14), tragédia completa 1 ano. Árvore gigante caiu sobre a casa que os familiares dormiam na Reserva do Carajari.
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Por ANDRÉ SILVA

Nesta terça-feira (14) completa-se um ano da tragédia que vitimou 7 pessoas da mesma família – entre elas uma mulher grávida e uma criança de 3 anos – todos moradores da reserva do Carajari, localizada no município de Laranjal do Jari, região sul do Amapá. Uma arvore gigante caiu em cima da casa onde eles dormiam.

O acidente aconteceu por volta de 1h da madrugada. A casa ficava na localidade de Mané Primeiro, cerca de 62 quilômetros de distância da comunidade de Santa Clara, na Reserva Cajari. A família vivia da extração da castanha do Pará e sempre ia à localidade para trabalhar.

No dia do acidente, estavam na casa o senhor Benedito de Jesus, de 53 anos, a esposa dele, Maria Nilza Cordeiro, de 53 anos, o filho do casal, Irenilson Pinheiro de Souza, 23, e a esposa dele, Natália Flexa, 17 anos, que estava grávida, além do filho deles de 3 anos, Enzo Flexa, e uma sobrinha do seu Benedito, a Janaína Souza dos Santos, 21 anos.

A cunhada do seu Benedito, Gabriela Belo, lembrou com tristeza os momentos que sucederam a tragédia. Ela foi uma das pessoas que ajudou a limpar os corpos cobertos de lama e sangue para serem velados por familiares. Segundo ela, a perícia indicou que a causa da morte de todos foi traumatismo craniano.

A Árvore gigante e a casa esmagada

Dias depois do acidente, a mãe de Benedito chegou a fazer uma caminhada até o lugar da tragédia para orar. A idosa ajudou a preparar o corpo do filho para o velório.

“Ela falou que queria dar o último banho no filho dela. A mãe do seu Benedito, mesmo com dificuldade de andar, fez questão de ir até onde aconteceu o acidente para orar por seu filho e os outros, sendo que a locomoção até o local do acidente é feita de trator”, disse.

Gabriela relatou, ainda, que o restante da família, todos extrativistas, continua indo ao castanhal onde tudo aconteceu para coletar as amêndoas.

“Eles ainda coletam castanha. As primeiras viagens para eles foram muito difíceis”, lembrou.

Além das sete vítimas, haviam mais oito pessoas na casa. Eles sofreram ferimentos leves. O imóvel de madeira ficou completamente destruído. Os corpos foram transportados por um trator utilizado na coleta da castanha.

Seles Nafes
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