Por ANDRÉ SILVA
A Polícia Civil do Amapá abriu inquérito para apurar a violação e o furto dos restos mortais do túmulo do patriarca de uma família falecido em Macapá há 31 anos.
O caso está na 1ª DP de Macapá e foi descoberto pela família no dia de finados, quando a única filha, o genro, o neto e a esposa do falecido foram visitar a sepultura dele no Cemitério São José, na zona sul da capital.
A filha, que pediu para manter o anonimato, lembrou que o pai morreu aos 41 anos de idade no dia 7 de novembro de 1991, de problemas cardíacos.
Ela relatou que naquele dia, quando chegaram, logo percebeu que a tampa de mármore que cobre o túmulo estava fora do lugar.
“Eu olhei e falei pro meu marido que alguém tinha mexido lá. Ele disse que não. Que as pessoas que limpam podiam ter passado e esbarrado na tampa. Só que até então eu não tinha olhado a caixa óssea que também tem tampão”, contou.
Em seguida, eles observaram que as argolas de ferro usadas para mover a pedra de mármore de cima do túmulo e o crucifixo não estavam lá. Foi então que decidiram olhar dentro da sepultura e constataram ela estava vazia: os ladrões levaram os ossos.
Os familiares foram à administração do cemitério, onde foram orientados a procurar a prefeitura de Macapá, mas decidiram ir logo à Polícia Civil e registraram um boletim de ocorrência.
O delegado responsável pelo inquérito ainda não se pronunciou.
“Queremos justiça. Que o poder público arque com isso. O cemitério é de responsabilidade da prefeitura. Não é à toa que a gente faz o recadastramento todo ano. Mas assim o que a gente quer é que eles tomem providências. Hoje é essa situação do meu pai e os outros túmulos. E se as pessoas também estiverem velando nada?”, questionou indignada.
A reportagem tentou contato com a Prefeitura de Macapá, mas até o momento não obteve resposta. A administração do Cemitério São José não quis gravar entrevista.
Outros casos
Não é a primeira vez que casos como esses são manchetes nos meios de comunicação do Amapá.
Um dos casos mais emblemáticos foi o do túmulo da Cabo Emily, assassinada aos 29 anos pelo namorado, também policial militar, no dia 12 de agosto de 2018. A descoberta da violação ocorreu no dia 29 de janeiro de 2019 e foi noticiado pelo Portal SN.com.
Outro caso, esse mais recente, foi o do tumulo da jovem Ingridy Cordeiro da Silva, morta aos 26 anos pelo namorado quando estava grávida de 3 meses.