Por ANDRÉ ZUMBI
Os trabalhadores das empresas de transportes de passageiros do Amapá ameaçam parar nesta sexta-feira (23) se os salários, décimo terceiro e reajuste de 8,83% não forem pagos. Segundo a categoria, uma das empresas chegou a cinco meses de salários atrasados.
De acordo com o sindicato da categoria, que fez piquete em frente às garagens das empresas na manhã desta quarta-feira(1), a greve é pela campanha salarial que teve acordo selado entre a patronal e os trabalhadores ainda no final de setembro de 8,83% de reajuste, e não veio nos salários de outubro e novembro.
Segundo o presidente do sindicato, Cristiano Souza, os problemas são diferentes entre as empresas, mas a falta de reajuste é comum a todas.
Os trabalhadores da Expresso Marco Zero e Santanense receberam apenas o décimo terceiro e salário, mas sem o reajuste. A Sião Tur ainda deve salários de junho a outubro, mas pagou o décimo e o salário de novembro. Já a Capital Morena e Amazontur devem novembro mais o décimo terceiro completo, além de férias de alguns funcionários.
“Não tem desculpa para manterem essa política de atrasar pagamento, férias, décimos, porque pegaram subsídio Federal no valor de R$ 2,7 milhões, que o município de Macapá recebeu e repassou para os empresários, e o mesmo valor para as empresas de transporte estadual pra ajudar no sentido da situação que se encontra o transporte público não só aqui, mas nacionalmente. Está vindo ajuda. E ainda tem o subsídio de um real [R$ 1] aprovado pela Câmara de Vereadores ontem [terça, 20], sob a passagem de ônibus em Macapá”.
A reportagem entrou em contato com o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Amapá (Setap), mas não obteve resposta.
A Companhia de Trânsito de Macapá (CTMac) confirmou o repasse de R$ 2,7 milhões às empresas.