Paisagem natural de Macapá, ‘gruta’ vira lixão a céu aberto e preocupa moradores

Bem cuidada, área localizada na zona sul poderia se tornar um cartão postal da capital do Amapá.
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Por RODRIGO DIAS

Uma paisagem natural que antes era motivo de orgulho para os moradores do Bairro Zerão, na zona sul de Macapá, está se transformando em um verdadeiro lixão a céu aberto.

A área, que, na verdade não é uma gruta e sim uma formação rochosa com vegetação, tem um pequeno açude. Ela está localizada após a rua do terminal de ônibus, nas proximidades de um terreno Eco Park particular. O que chama a atenção é que o espaço no entorno do açude tem sido alvo de descarte irregular de resíduos, gerando grande preocupação ambiental e social.

Lixo começa a assorear o açude da ‘gruta’. Fotos: Rodrigo Dias/Portal SelesNafes.Com

Uma moradora local, que preferiu não se identificar por medo de retaliações, desabafou sobre a situação:

“A área aqui era linda, tipo mata fechada ainda, um paraíso natural. Agora tá um caos, como vocês podem ver”, relatou.

Segundo ela, o problema se agravou após um homem que se dizia proprietário do terreno – sem apresentar qualquer comprovação legal, segundo ela – derrubar o muro que limitava o acesso ao local.

A denunciante afirma que o suposto dono vendeu a área onde fica o açude. O que antes era um espelho d’água está sendo aterrado pelas beiradas com lixo e entulho.

Entre os tipos de resíduos …

… é predominante o lixo de construção. Fotos: Rodrigo Dias/Portal SelesNafes.Com

“As pessoas estão fazendo lixão daquilo pra aterrar e, lógico, degradando o meio ambiente”, completou.

Além do açude, uma área lateral conhecida como “Balneário do Maradona”, segundo a moradora, há anos vem sendo usada como lixeira pública. Caminhões de caçamba que recolhem entulho de obras são direcionados para o local, onde despejam os resíduos em troca de pagamento.

Entulhos de obras cercam o açude. Fotos: Rodrigo Dias/Portal SelesNafes.Com

Localização geográfica no mapa. Foto: Reprodução

“Ele [o dono do Balneário do Maradona] paga os caçambeiros pra que despejem entulho de obra lá”, denunciou.

A situação piora durante o período de estiagem, quando são feitas queimadas no local, liberando fumaça tóxica e contribuindo para a poluição do ar.

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