Policiais militares são absolvidos por morte de integrante de facção

Trio era acusado de matar ilegalmente suspeito de integrar facção criminosa durante operação em Pracuúba, município vizinho a Amapá
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Por SELES NAFES

O Tribunal do Júri do município de Amapá, a 310 km de Macapá, absolveu por unanimidade três policiais militares acusados de homicídio na morte de Romário do Egito Dias, o “Romarinho”. O caso ocorreu durante uma operação no município vizinho de Pracuúba, em janeiro de 2021.

O sargento Adalberto Clementino Leite, o sargento Adriano Silva Costa e o sargento Gilberto da Cruz Pimentel eram acusados do homicídio de Romarinho, apontado pela polícia como liderança local da facção “Família Terror do Amapá” (FTA). Segundo a defesa, na madrugada de 30 de janeiro de 2021, a guarnição cumpria a ordem para combater uma onda de roubos e o tráfico de drogas na região quando recebeu a informação de que o suspeito circulava armado na Rua Francisco Penha.

Ainda conforme os autos, ele foi avistado portando uma espingarda calibre 12, de fabricação russa, e não obedeceu à ordem para largar a arma. Em seguida, teria fugido, invadido quintais e disparado contra os policiais, que reagiram para cessar a agressão.

Apenas dois disparos foram efetuados contra o suspeito, compatíveis com a versão de legítima defesa apresentada pelos réus. O armamento foi apreendido com um cartucho deflagrado e dois intactos, além de munições calibre 12.

Jurados entenderam que não havia provas de que houve ação ilegal. Fotos: Dirce Bordalo

Charlles Bordalo conduziu a defesa dos policiais. Fotos: André Silva/SN

Durante o julgamento, a defesa, conduzida pelos advogados Charlles Bordalo e Dirce Bordalo, sustentou que os policiais agiram em legítima defesa e no estrito cumprimento do dever legal, executando ordem de serviço e reagindo a uma ameaça armada. Também destacou contradições nos depoimentos das testemunhas, todas ligadas à vítima e ausentes no momento inicial da abordagem.

Ao final, o Conselho de Sentença concluiu que não havia prova suficiente para sustentar a acusação e absolveu os três militares. 

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