ESCÂNDALO: Prefeitura de Macapá aluga escritório por quase R$ 700 mil

Contrato sem licitação foi assinado pela CTMAC com a mesma imobiliária já envolvida em polêmica por aluguéis elevados pagos pela prefeitura
Compartilhamentos

Por SELES NAFES

Um pequeno imóvel no bairro do Laguinho, na região central de Macapá, entrou para a lista de altos aluguéis pagos pela prefeitura da capital. Desta vez, o contrato de 12 meses prevê o pagamento de quase R$ 700 mil por um modesto escritório onde funciona o setor de bilhetagem da Companhia de Trânsito e Transporte de Macapá (CTMac).

O imóvel está localizado na Avenida Pedro Américo, nº 54, e fica entre um cartório e uma escolinha de futebol. Apesar da fachada simples e com 5 metros de largura, o valor exato de locação impressiona: R$ 660 mil por ano, ou seja, R$ 55 mil por mês. O aluguel de uma loja em shopping center custa entre R$ 5 mil e R$ 8 mil, dependendo do tamanho.

O contrato foi assinado e publicado no Diário Oficial do Município em maio deste ano, entre a empresa D.B. Imóveis e o presidente da CTMac, o vereador licenciado João Mendonça (PRD).

Contrato com dispensa de licitação

Escritório imprensado entre o cartório e uma escolinha de futebol: R$ 55 mil por mês. Fotos: Leonardo Melo

Avenida Pedro Américo, 54

A mesma imobiliária já esteve no centro de uma polêmica anterior envolvendo o aluguel de outro imóvel ao município. Em junho, o Portal SN revelou que o então secretário municipal de Educação, Madson Millor Rodrigues, autorizou o aluguel de um pequeno ponto comercial para servir como depósito de arquivos da Secretaria Municipal de Educação (Semed). O valor do contrato era de R$ 300 mil ao ano — R$ 25 mil mensais.

O imóvel em questão, localizado na Avenida Feliciano Coelho, no bairro do Trem, pertencia à tia do próprio secretário. Após a repercussão negativa e o desgaste político, ele foi exonerado pelo prefeito Antônio Furlan (MDB).

Caixas de documentos sem qualquer organização em ponto comercial modesto no bairro do Trem alugado pelo secretário de Educação da própria tia por R$ 25 mil ao mês. Foto: Arquivo SN

Apesar do escândalo anterior, a prática foi repetida pela CTMac. O novo contrato de local para o escritório de bilhetagem é mais do que o dobro do valor do aluguel anterior e também foi firmado por dispensa de licitação, conforme consta no Diário Oficial.

Seles Nafes
Compartilhamentos
Insira suas palavras de pesquisa e pressione Enter.
error: Conteúdo Protegido!!