Crise na Alap: Kaká diz que vai convocar nova eleição para presidência

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SELES NAFES –

Logo após o afastamento de Moisés Souza (PSC) na sessão desta terça-feira, 1º, o presidente interino da Assembleia Legislativa, Kaká Barbosa (PT do B), disse que vai convocar nova eleição para a presidência da Casa. O processo que resultou no afastamento foi todo costurado de forma silenciosa nos bastidores.

Nem o próprio Moisés desconfiava do que ocorreria quando abriu os trabalhos. Só se deu conta quando foi apresentado o requerimento do deputado Pedro da Lua, seu companheiro de partido (PSC), pedindo que fosse apreciado em caráter de urgência, pelo plenário, seu afastamento da mesa diretora.

“Queremos moralizar esta casa. Não é possível admitir que a Assembleia continue sendo alvo de tantas críticas”, discursou da Lua.

A votação foi aberta e dividiu as bancadas. Moisés foi afastado por 13 votos a 7. Votaram a favor Pedro da Lua (PSC), Roseli Matos (DEM), Augusto Aguiar (PMDB), Kaká Barbosa (PT do B), Marília Góes (PDT), Ericláudio Alencar (PRB), Fabrício Furlan (Psol), Jaci Amanajás (PROS), Max da AABB (PSB), Cristina Almeida (PSB), Paulo Lemos (Psol) e Edna Auzier (PROS).

Pedro da Lua, colega de partido de Moisés: "Queremos moralizar a casa"

Pedro da Lua, colega de partido de Moisés: “Queremos moralizar a casa”

Votaram a favor de Moisés: Júnior Favacho (PMDB), Michel JK (PSDB), Antônio Furlan (PTB), Jaime Perez, Charles Marques (PSDC), Márcio Serrão (PRB) e Maria Góes (PDT).

A eleição, que ainda não tem data definida, é prevista no Regimento Interno da Alap para vacância quando o gestor afastado tiver menos de um ano de mandato.

Moisés Souza é acusado de improbidade administrativa. As irregulares incluem dívida de R$ 83 milhões com a Previdência Social, retenção de parcelas dos empréstimos consignados e atraso de salários.

Os deputados que lideraram a rebelião contra Moisés também argumentam que apesar de a Corregedoria da Alap ser a responsável pelas finanças, havia tarefas compartilhadas com Moisés, como por exemplo, decisões sobre antecipações ou suplementações orçamentárias que continuariam sendo prerrogativa dele.

Também haveria sérias infrações à Lei de Responsabilidade Fiscal, já que dois terços do duodécimo estariam sendo utilizado como folha de pagamento, apesar de está ser uma atribuição da Corregedoria da Casa.

O site SelesNafes.Com tentou falar com Moisés, mas ele não retornou as ligações. Ele deixou o plenário logo após a votação afirmando que acionará a Justiça.

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