Mais de 50 educadores e agentes penitenciários fizeram uma manifestação na manhã desta quarta-feira, 3, em frente ao Centro de Convenções João Batista Picanço, no Centro de Macapá. A categoria exige do Governo do Estado um reajuste de 15% na Gratificação de Atividade Penitenciária (GAP). O ato causou surpresa na Secretaria de Administração do Estado que tinha se reunido com representantes das duas categorias um dia antes.
Presidente do sindicato, Jailson Mafra: diálogo com pressão
“Há um diálogo com o governo, mas estamos aqui para frisar que não abriremos mão de 15% da GAP e do pagamento das nossas horas extras. Sugerimos inclusive que o governo crie uma gratificação, porque trabalhar 32 horas e receber horas 16 é desumano”, criticou o presidente do Sindicato dos Agentes e Educadores Penitenciários do Amapá, Jailson Mafra.
Os agentes também disseram que ainda não recebem o auxilio-fardamento, insalubridade e alimentação, benefícios previstos em leis sancionadas pelo próprio Poder Executivo.
Secretária Maria Goreth: tratar diferente os diferentes
Para a Sead, que negocia com todas as categorias a Agenda do Servidor, a manifestação foi recebida com surpresa. A secretária de Administração Maria Goreth da Silva, reafirmou que não faltará diálogo, e pediu compreensão para a crise financeira do estado.
“Ao longo dos anos os servidores públicos foram tratados com aumentos lineares e agente percebeu que dessa forma se aumenta a diferença salarial entre eles. Por isso, fazemos questão de tratar diferente os diferentes. Vamos dialogar com total transparência nos dados e nas contas públicas”, garantiu a secretária.
Maria Goreth recebeu uma comissão de manifestantes, e uma data para a mesa de negociação ficou de ser definida. Os agentes penitenciários e educadores farão uma assembleia extraordinária na próxima sexta-feira, 5. As categorias tem juntas mais de 700 servidores.
