ANDRÉ SILVA Mais uma escola no Amapá passará a funcionar com o modelo de gestão compartilhada, a chamada “escola militar”. Desta vez, no município de Santana, a 17 quilômetros de Macapá. Além dela, o governo pretende implantar o sistema em mais uma instituição no interior do Estado. O anúncio foi feito no fim da tarde de sexta-feira (2), na cerimônia de formatura da Escola Estadual Antonio Messias, no Bairro Zerão, zona sul da capital, onde já existe o formato compartilhado. A próxima escola a adotar o modelo de gestão entre Polícia Militar e Secretaria de Estado da Educação (Seed), será a Afonso Arinos, localizada na área portuária do município de Santana. Lá, as aulas iniciarão no dia 15 de março. Com esta, são três escolas nesse modelo em todo o estado. Durante a cerimônia, o governador Waldez Góes (PDT) adiantou que até o fim deste ano, pretende implantar o novo sistema em mais uma instituição, no município de Laranjal do Jari, sul do estado.
Turma da Antonio Messias durante cerimônia de formatura Foto: André Silva
“Essa experiência, no início, gerou muitos debates, muitas dúvidas e incertezas, mas, hoje, os resultados podem estar sendo testemunhados por toda a comunidade escolar. Isso é um bom exemplo, e nós vamos seguir em frente”, falou o governador. Há um ano funcionando neste modelo, a comunidade escolar da Antonio Messias já sentiu a diferença. Segundo a diretora da escola, a policial Sara Sousa, houve uma queda de 15% na evasão de alunos e um aumento nas aprovações. Ela disse que durante a chamada escolar houve um aumento na procura por vagas para a instituição. A diretora avalia que o clima de insegurança e violência não existem mais na escola.
Diretora da escola, a policial Sara Sousa Foto: André Silva
“Obviamente, que tivemos alguns problemas com indisciplina, mas, nós já temos a nossa rotina para lidar com isso, e, com o suporte dos pais, nós temos conseguido avançar com isso”, avaliou. Segundo a secretária de Educação, Gorete Sousa, há projetos para implantação do sistema em mais escolas em Macapá. Ela disse que o que impede é a dificuldade em contingente policial para isso. “A gente precisa de um número significativo de policiais para fazer um projeto como esse dar certo. Se não conseguirmos este ano, a partir do ano que vem iniciaremos outros projetos como esse na capital”, disse a secretaria. A Escola Estadual Antonio Messias oferece para seus 1,1 mil alunos, além da educação física, atividades no contra turno, como: natação, luta olímpica, xadrez e outros esportes. Essas mesmas atividades serão implantadas na Afonso Arinos.
