DA REDAÇÃO
Foi ampliado de 15 para 90 dias, após decisão da Justiça do Amapá, o prazo para a reintegração de posse do Macapá Hotel em favor do executivo estadual. A decisão do desembargador Manoel Brito, proferida na terça-feira (17), leva em consideração o aporte físico e de pessoal envolvidos no caso.
De acordo com a decisão de Brito, quem dará uma decisão definitiva a situação será a câmara única do Tribunal de Justiça do Amapá (Tjap), porém em data não comunicada.
Quem administra o hotel, atualmente, é a empresa C.F. Queiroz ME que, segundo ação movida contra o grupo pela Procuradoria Geral do Estado (PGE), há uma dívida de R$ 2 milhões das duas empresas que exploraram o espaço nos últimos 20 anos.
Além disso, o hotel estaria sendo explorado irregularmente com a sublocação de dependências como estacionamentos, lanchonete, arena esportiva, espaço para shows e até para um parque de diversões.
Segundo o desembargador Manoel Brito, mesmo após as denúncias de irregularidades na exploração do hotel e no período de judicialização do caso, que ocorre desde fevereiro do ano passado, a empresa continuou com as atividades desenvolvidas e até admitindo novos funcionários.
Após a conclusão da reintegração de posse do Macapá Hotel, o futuro do estabelecimento é ainda incerto. Há um processo de leilão em andamento, mas também o Estado avalia repassar o prédio para a Amapá Previdência (Amprev) para a quitação de um débito.
História
O prédio hoje denominado de Macapá Hotel foi construído em 1944 pelo primeiro governo do ex-território federal do Amapá e na época foi batizado de Grande Hotel de Macapá.
O estabelecimento fica na Avenida Azarias Neto, num dos endereços mais privilegiados da capital, a orla do Rio Amazonas.
O hotel, que já foi classificado como 3 estrelas pela Embratur, no fim da década de 1980, entrou em decadência desde que deixou de ser administrado pela Rede Novotel, em meados da década de 1990.