SELES NAFES
O Tribunal Regional Eleitoral do Amapá (TRE-AP) indeferiu a candidatura à deputada federal de Leda Sadala (Avante), por enquadramento na Lei da Ficha Limpa. Ela é irmã do prefeito de Santana, Ofirney Sadala (PHS).
A decisão unânime seguiu o voto da relatora do processo, desembargadora Sueli Pini, no fim da tarde desta terça-feira (4).
Leda tem uma condenação no Tribunal de Contas do Pará por problemas na prestação de contas de uma ong. Ela não teria comprovado a aplicação de R$ 90 mil. A tese de inelegibilidade foi sustentada no julgamento pela procuradora eleitoral Nathália Mariel.
No mês passado, quando o MPE impugnou várias candidaturas, entre elas a de Leda Sadala, o prefeito de Santana chegou a gravar um vídeo onde pedia que a militância continuasse trabalhando na campanha da irmã por entender que, por se tratar de uma ong, essa situação não se enquadraria na Lei da Ficha Limpa. O problema é que o dinheiro administrado pela ong era de origem federal.
A defesa da candidata ainda poderá recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Leda Sadala chegou a ocupar cargo de secretária no início da gestão do irmão na prefeitura de Santana, mas acabou deixando o cargo após acusações de nepotismo.
No mesmo julgamento outros três registros de candidatura foram indeferidos, sendo dois para deputado estadual e outra para deputada federal.
Foram barrados: Robson Coutinho (PR) e Marlucinho da Saúde (Pode), ambos para deputado estadual; e Ana Kathya (MDB), que pretendia disputar uma cadeira na Câmara dos Deputados. Eles tiveram problemas com documentação e falhas no procedimento de desincompatibilização.