DA REDAÇÃO
Um servidor público, lotado na Universidade Federal do Amapá (Unifap), é alvo de ação do Ministério Público Federal (MPF) por assédio sexual cometido no ano de 2014, contra duas vigilantes.
Na época, o servidor, que não teve a identidade revelada, cumpria a função de responsável pela Divisão de Serviços Gerais da universidade.
De acordo com a denúncia, ele teria condicionado a permanência das duas mulheres em seus postos de trabalhos a troca de favores sexuais.
Por aplicativo de mensagens
Os assédios praticados pelo acusado seriam feitos principalmente por meio de aplicativos de mensagens de celular e em redes sociais. Cópias das conversas, com teor sexual, constam no processo como provas.
Após as investidas do assediador, que se tornavam mais frequentes e incisivas, as duas vítimas resolveram procurar a Unifap para relatar os fatos. Pelo comportamento, ele respondeu a dois procedimentos, um investigatório criminal e outro administrativo disciplinar, no âmbito da instituição de ensino.
“O MPF entende que ao condicionar a permanência das vigilantes em seus postos de trabalho à concessão de favores sexuais, não a critérios técnicos, o servidor violou diversos princípios da Administração Pública”, diz o MPF em nota.
A ação pede pede a condenação do servidor, em especial, a perda da função pública, que é o meio utilizado para a prática dos abusos.
Novas denúncias
Segundo o MPF, há indícios de que o servidor tenha cometido os mesmos atos contra outras mulheres.
Denúncias de outros casos ocorridos na Unifap, envolvendo o servidor, podem ser feitas pela internet, no site cidadao.mpf.mp.br, pelo aplicativo SAC MPF, ou na sede da Procuradoria da República, na Avenida Ernestino Borges, 535, Centro. As denunciantes terão a identidade preservada, caso optem pelo sigilo.