Acordo: Em Macapá, grevistas desocupam prédio da prefeitura

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Depois de seis horas e meia ocupando e impedindo a entrada dos funcionários no prédio da Prefeitura de Macapá neste sexta-feira, 15, professores e servidores da saúde em greve destrancaram todos os portões que dão acesso à sede da PMM. Foi a primeira vez que grevistas tomaram o controle total do prédio da prefeitura.

Apesar do clima tenso, os portões da prefeitura foram reabertos às 11h30min. “A ocupação foi considerada um sucesso. Não fizemos baderna nem nos confrontamos com a polícia. Apenas lutamos e nos impomos por um reajuste justo para os professores e todos os servidores do município. Não vamos aceitar 4%. Isso é desumano e está abaixo da lei. A greve e nossa luta continuam”, garantiu o presidente da executiva municipal do Sinsepeap, Ailton Costa.

 

Professor guarda uma das entradas trancadas pelos grevistas. Fotos: Cássia Lima

Professor guarda uma das entradas trancadas pelos grevistas. Fotos: Cássia Lima

Todos os 8 portões foram trancados com cadeados e correntes pelos grevistas. Cada portão possuía um professor como “guarda”. Toda vez que um funcionário da prefeitura tentava entrar era vaiado pelos grevistas.

Por volta das 9 horas, uma equipe formada por representantes da prefeitura e liderada pelo secretario de Administração Carlos Michel Miranda tentou, em vão, dialogar pela liberação dos portões.

Sindicalistas e secretário de Administração negociam liberação dos portões

Sindicalistas e secretário de Administração negociam liberação dos portões

“Nós tentamos dialogar com o movimento, mas recebemos um não como resposta.  Os professores precisam entender que estamos no nosso limite orçamentário. Não podemos aumentar. Seria irresponsabilidade. Nós sabemos que o movimento é legal, mas dessa forma não há diálogo”, frisou o secretario.

A classe reivindica melhores condições de trabalho, investimento e melhoria na infraestrutura das escolas, mas principalmente um reajuste salarial de 10% imediatamente e mais 3% no fim do ano. Guardas municipais acompanharam a movimentação dos manifestantes, mas em nenhum momento houve conflito.

Anne Melo, do Sindsaúde

Anne Melo, do Sindsaúde: união

Além dos professores, a prefeitura foi ocupada por servidores da saúde. “Queremos o pagamento do piso da saúde e sabemos que existe uma verba especifica pra isso. Já estamos há 15 dias em greve e não temos diálogo. A prefeitura precisa valorizar o servidor”, criticou a diretora do Sindicato dos Servidores Municipais da Saúde, Anne Melo.

As classes continuam em greve e ocupando o perímetro da Avenida FAB, entre as ruas Eliezer Levi e Odilardo Silva.  No sábado, 16, uma assembleia geral marcada para às 16 horas no Colégio Amapaense deve definir novas diretrizes.

 

Seles Nafes
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