Justiça manda soltar proprietários de clínica acusada de tortura

Desembargador considerou que os acusados possuem bons antecedentes e residência fixa, além de não oferecerem risco às investigações
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DA REDAÇÃO

Os donos da clínica de reabilitação investigada pelo Ministério Público do Amapá e Polícia Civil por suspeita de tortura de pacientes foram soltos nesta segunda-feira, 13, por ordem do desembargador do Tribunal de Justiça do Estado (Tjap), Agostino Silvério.

O magistrado argumentou que não ficou provado que os proprietários do centro, Iran e Charles Brito, que são irmãos, ofereçam risco à ordem pública.

“…a decisão que converteu em prisão flagrante em prisão preventiva não demonstrou conscientemente a presença de elementos que pudessem afirmar com segurança que o paciente solto iria perturba a ordem pública ou dificultar a instrução processual”, observou o magistrado em sua sentença. 

O desembargador também considerou que eles possuem bons antecedentes e residência fixa em Macapá, contudo, durante o processo, eles deverão estar em casa entre as 22h e 7h. 

Os dois são acusados pelo Ministério Público de torturar pacientes em reabilitação química em uma clínica que funciona no Bairro Brasil Novo, zona norte de Macapá. A operação do MP e Polícia Civil apreendeu algemas e outros instrumentos supostamente utilizados nas torturas.

O exame de corpo de delito também deu positivo em vários internos que prestaram depoimento confirmando as práticas investigadas pelo MP. 

No sábado, 10, os proprietários tiveram a prisão preventiva decretada durante audiência de custódia. O MP, no entanto, afirma que pacientes que prestaram depoimento estariam sendo ameaçados.

Seles Nafes
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