Um dos temas mais polêmicos e que movimentou esta eleição majoritária ao governo do Amapá foi a criação do 5º BPM, conhecido popularmente como Batalhão de Operações Especiais (Bope).
Os candidatos que disputaram o segundo turno, Waldez Góes (PDT) e João Capiberibe (PSB), dividiram opiniões sobre o assunto e o portal SelesNafes.com foi em buscas de respostas.
Através de pesquisas e conversas com autoridades policiais, chegamos a documentos e a um vídeo gravado pelo primeiro comandante da época que, atualmente, reside no Rio de Janeiro. O tenente-coronel Marcos Vasconcelos da Cruz, explicou a verdadeira história da criação do Bope.
Bope possui quatro companhias atuantes em suas missões Foto: Rodrigo Indinho
Ele afirma que o 5°BPM foi criado através do Decreto nº 6.803 de 06 de dezembro de 2002, na gestão da então governadora Maria Dalva de Souza Figueiredo (PT), mas sem a designação de Batalhão de Operações Especias. O objetivo era aumentar o efetivo da Polícia Militar.
Como 5º Batalhão, divisão de operações especiais começou a se formar em 2002. Foto: Rodrigo Indinho
Em janeiro de 2003, atendendo a solicitação dos oficiais, o então comandante da PM, Coronel Aires, levou até ao novo governador, Waldez Góes, a proposta de criação do Batalhão de Operações Especiais com três companhias, proposta essa que foi aceita.
“Antes disso, no governo do outro candidato não se falava em operações especiais, isso era praticamente um tabu dentro da PM. A única tropa especializada que nós tínhamos dentro dessa filosofia era um pelotão de choque que foi desmantelado e seus equipamentos doados ao Exército Brasileiro. Então essa é a verdade”, comenta Vasconcelos no vídeo.
Bope conduz negociação Foto: arquivo SN
Atualmente, o Bope possui quatro companhias atuantes em suas missões específicas de combate à criminalidade no Estado. São elas: a 1° Cia Rotam, 2° Cia Choque, 3° Cia COE e a 4° Cia Giro, além do canil.
