Começa novo julgamento do “Crime da Lavagem”

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Começou nesta manhã, 28, na 1ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Macapá, o julgamento de Luiz Almeida Monteiro. Ele é acusado de participar do “Crime da Lavagem”, ocorrido em novembro de 2006, na lavagem Nova Era, no Buritizal. A vítima era o dono da lavagem, Josias Oliveira dos Santos, de 40 anos. Ele foi esquartejado e as partes do corpo deixadas em diferentes lugares de Macapá. O réu já foi considerado culpado, mas recorreu da decisão.
O crime aconteceu no dia 10 de novembro de 2006. A lavagem funcionava na Avenida 13 de setembro. Depois de matarem a vítima com uma marretada na cabeça, os acusados teriam esquartejado o corpo e colocado as partes em caixas que foram espalhadas no Canal das Pedrinhas, em um ramal do KM 58, e na AP-70. Para a acusação, Josias dos Santos morreu porque Milton Ribeiro, que era sócio dele na lavagem de carros, não queria pagar uma divida de R$ 27 mil com a vítima.

Juiz Nazareno Roussen conduz o julgamento.

Juiz Nazareno Roussen conduz o julgamento. De costas o réu Luiz Monteiro

Uma terceira pessoa supostamente participou do crime, mas depois foi excluída do processo pela Justiça. No primeiro julgamento, em 2010, Luiz Monteiro foi condenado como mentor do crime junto com Milton Ribeiro que teria executado a vítima com uma faca e uma marreta. Milton está no Iapen. Luiz estava aguardando o recurso em liberdade.

Advogado do réu, Sandro Modesto: provas ilícitas

Advogado do réu, Sandro Modesto: provas ilícitas

Nesse segundo júri, Luiz Almeida está sendo julgado pela mesma participação no crime. Para o advogado de defesa do réu, as provas são ilícitas e processos do primeiro julgamento não deveriam ser julgados nesse segundo. “Infelizmente essas acusações não deveriam ser trazidas hoje para julgamento. De acordo com os testemunhos da própria acusação, tudo que elas sabem é baseado no depoimento dos outros acusados. O Luiz Almeida não tem participação nenhuma nesse crime, só chegaram a ele porque alguém citou o nome”, disse o advogado Sandro Modesto.

Maria de Lourdes Oliveira, irmã da vítima: "mataram para não pagar a dívida"

Maria de Lourdes Oliveira, irmã da vítima: “mataram para não pagar a dívida”

A família da vítima conta que já temia que pudesse ocorrer o crime, porque a própria vítima teria anunciado em conversa que se caso “sumisse”, o motivo seria a dívida que estaria cobrando. “A gente já tinha conhecimento disso, ele emprestava valores altos. Nós imaginamos que esse é o único objetivo do crime. Eles mataram meu irmão para não pagar a dívida. Queremos que a justiça seja feita”, declarou a irmã da vítima, Maria de Lourdes Oliveira dos Santos. O julgamento deve terminar apenas no início da madrugada.

Seles Nafes
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