Cooperativa recebe da CEA, mas não repassa para sócios

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Donos de cerca de 150 veículos que prestam serviços para a Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA) cruzaram os braços nesta terça-feira, 02, em protesto pelo atraso no pagamento de aluguéis dos carros. A mobilização trouxe à tona um velho problema entre os filiados e a direção da cooperativa, conduzida pela família da deputada federal eleita, Josy Rocha (PTB). A empresa comprovou que vem pagando a cooperativa, mas a direção da entidade não repassou o recurso para os filiados.

Os carros são usados em serviços de corte, religação e fiscalização da companhia. Pelos veículos de passeio, a CEA paga R$ 5,5 mil por mês de aluguel. As picapes saem por R$ 9 mil. Os cooperados alegam não ter recebido os pagamentos de outubro e novembro, mas hoje, durante protesto em frente à sede da estatal, a direção da CEA confirmou que fez os pagamentos à cooperativa. A última fatura teria sido de R$ 700 mil.

Depois de não encontrar o presidente da cooperativa, proprietários ainda vão decidir se continuar paralisados

Carros parados em frente à sede da cooperativa. Depois de não encontrar o presidente, proprietários ainda vão decidir se continuam paralisados

Diante da informação, os proprietários seguiram para a sede da cooperativa, na Rua Leopoldo Machado, no Centro de Macapá, mas não encontraram o presidente, William Nascimento. “Simplesmente desapareceu. O telefone só dá desligado”, informou o cooperado Fábio de Jesus. O site também tentou contato por telefone com ele, mas as chamadas só caíam na caixa postal. William é irmão da deputada federal eleita Josy Rocha, que no mês passado foi condenada pela Justiça por desvio de dinheiro da cooperativa.

Na mesma ação movida pelo Ministério Público do Estado, o pai dela e outro irmão, Josevaldo Nascimento, que dirigia a cooperativa na época, também foram condenados. O contrato já era com a CEA.

Josevaldo foi acusado de depositar dinheiro da cooperativa na conta da irmã e do pai. E, para ele, fez depósitos numa conta de previdência privada. Um dos depósitos foi de R$ 40 mil. Durante o processo, ele declarou que a operação foi um engano do funcionário do banco. 

Seles Nafes
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