Depois das chuvas, Marabaixo IV vira atoleiro

Moradores reclamam que lama é o maior problema do bairro. Falta também linha de ônibus
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ANDRÉ SILVA

Os moradores do Bairro Jardim América, também tratado como Marabaixo IV, na Zona Oeste de Macapá, voltaram a reclamar das péssimas condições das ruas, que nesse período chuvoso se encheram de lama e atoleiros.

A situação também tem trazido prejuízo a empresas que fazem entregas de mercadorias nos comércios do bairro. Além disso, os moradores reivindicam um cinturão asfáltico para que os ônibus possam trafegar nas ruas.

Mais de 5 mil famílias moram no bairro que tem seis anos de criação. A presidente da Associação de Moradores, Dulcy Barros, disse que a lama tem sido o maior problema. De acordo com ela, a prefeitura esteve recentemente no local realizando terraplanagem de algumas ruas e não terminou o serviço.

Criado há seis anos, obra de asfaltamento foi paralisada por conta da chuva. Fotos: André Silva

Criado há seis anos, obra de asfaltamento foi paralisada por conta da chuva. Fotos: André Silva

“As principais ruas do bairro se transformaram em verdadeiro sabão. A prefeitura Municipal de Macapá começou a obra aterrando duas ruas em setembro e após as eleições não voltou mais. Os carros e as pessoas trafegam com muita dificuldade. Com essas chuvas que caíram esses dias, muitos carros ficaram atolados e até mesmo dois ônibus escolares que são usados para apanhar as crianças também atolou”, protestou.

Outro problema é que o bairro não tem uma linha de ônibus. A parada mais próxima fica na entrada do bairro, segundo a presidente. A única rua parcialmente asfaltada é a Jardim América.  

“Estamos pedindo com urgência a melhoria das vias, porque nós não temos atendimento de ônibus na comunidade”, disse Dulcy Barros.

ônibus escolar tem dificuldade para trafegar

Ônibus escolar tem dificuldade para trafegar

Dona Raimunda Socorro expõe cicatriz de queda que pegou ao andar na lama

Dona Raimunda Socorro expõe cicatriz de queda que pegou ao andar na lama

A área onde fica o bairro ainda não foi legalizada nem pela prefeitura nem pelo governo do Estado. Ela foi dada como garantia pelo antigo dono ao Banco da Amazônia para quitar uma dívida.

“Como ele não pode pagar, negociou essa área com o governo na época que também não pagou e o banco ficou de tomar a área, só que em 2010 houve a invasão e o processo teve que ser interrompido. Hoje existe uma dívida no banco com a desapropriação para o nome do governo só que existem as pessoas ali na área”, explicou.

A presidente da associação de moradores ressaltou também que todo esse imbróglio não impede que um cinturão asfáltico possa ser feito para que os ônibus possam entrar no bairro.

Dona Raimunda Socorro com o neto

Dona Raimunda Socorro com o neto

“Aqui está horrível! Foi só chover para isso ficar assim. Eu mesma já caí várias vezes nessa rua enquanto tentava ir ao comércio”, disse Raimunda Socorro, de 57 anos.

Posição da PMM

Devido as fortes chuvas que caíram esses dias em Macapá, a  PMM teve que interromper os serviços e informou que se for mexer enquanto o local estiver molhado pode acabar prejudicando ainda mais o que já foi feito.

As obras estão sendo executadas pela Secretaria Municipal de Obras (Semob), que garantiu retomar os serviços ainda nesta semana.

Seles Nafes
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