PC investiga morte em clínica; defesa diz que óbito não ocorreu em tratamento

Morte de um homem ocorreu no ano passado. Delegado vai ouvir equipe do Samu e outras testemunhas
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SELES NAFES

A Polícia Civil do Amapá passou a investigar uma morte ocorrida dentro da clínica acusada de torturar pacientes no Bairro Brasil Novo, zona norte de Macapá. A informação foi confirmada num depoimento prestado na última terça-feira, 14, ao delegado Celso Pacheco, que investiga o caso. 

A defesa dos proprietários da clínica admite que o óbito ocorreu, mas nega que tenha sido em consequência do tratamento com remédios.

A morte teria ocorrido depois que o paciente recebeu uma dose de medicamentos, e teria apresentado sinais de parada cardíaca. 

“Estamos correndo atrás porque foi uma novidade que ocorreu no transcorrer das investigações. Como o depoimento foi de ontem, estamos verificando com cuidado o que aconteceu”, diz cauteloso o delegado. 

A morte ocorreu no ano passado e a vítima seria do sexo masculino. O nome do paciente já foi identificado. 

“A pessoa morreu antes da chegada da equipe do Samu. Agora vou falar com os familiares dessa pessoa que morreu para saber como ela chegou nesse centro, e em que estado ela estava”, adiantou o delegado.

A defesa dos proprietários da clínica informou que já tinha conhecimento do óbito, mas garante que a morte não ocorreu em função do tratamento.

“A polícia tem que provar com laudo e se for o caso até com a exumação do cadáver que a medicamento provocou o óbito. Os proprietários confirmam o óbito. Ainda não entrei em detalhes com eles, mas me disseram que esse paciente já chegou com histórico de uma doença”, comentou o advogado Andrey Pinheiro.

Os proprietários da clínica, Iran e Charles Brito, chegaram a ficar presos por dois dias, mas depois foram soltos quando a justiça revogou a prisão preventiva. Eles são acusados de torturar 42 pacientes. O local, onde foram encontrados objetos supostamente usados nas agressões, foi fechado pelos donos que querem aguardar o desfecho das investigações. 

O advogado Andrey Pinheiro disse que se as denúncias não forem provadas, todas as autoridades envolvidas nas investigações serão processadas por abuso de autoridade e danos morais.   

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