Um ex-técnico do Ministério Público do Amapá teria falsificado um contracheque para pedir quase R$ 30 mil emprestados em um banco de Macapá. A conclusão é da Polícia Civil, que indiciou o ex-servidor por estelionato nesta sexta-feira (7).
As investigações foram conduzidas pelo delegado Leandro Leite, da 6ª Delegacia de Polícia. O nome do acusado não foi divulgado.
Segundo o delegado, as investigações começaram a pedido do próprio Ministério Público depois que o ex-técnico procurou uma agência do Banco Santander, no Centro de Macapá, para solicitar R$ 27,1 mil.
A solicitação de crédito foi feita três meses depois da exoneração dele do MP. O contracheque era legítimo, mas o acusado precisou falsificar o mês para fazer o documento parecer que era atual.
Se o banco não tivesse entrado em contato com o Ministério Público para ter a autorização de consignar o empréstimo ao salário, ele teria saído do banco com o dinheiro.
Contracheque teve mesmo adulterado. Foto: Reprodução
“O empréstimo consignado tem como principal característica a retenção na própria fonte pagadora do valor devido à instituição financeira e, nesse caso, o banco não teria mais essa garantia pelo fato do proponente não ser mais vinculado à instituição, sendo eventualmente penalizado com o inadimplemento total do empréstimo”, explicou o delegado.
Carro
Em depoimento, antes de ser indiciado por estelionato, ex-servidor admitiu que fez a falsificação, e que pretendia comprar um carro com o dinheiro.
A pena para estelionato é de 1 a 5 anos. O inquérito foi encaminhado ao Ministério Público, que poderá ou não ofertar a denúncia contra o ex-funcionário da casa.
