Polêmica: Padre nega que tenha rejeitado velório, mas diz que morto não era “fiel”

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O pároco da Igreja Pia Marta, responsável pela capela de Santa Terezinha, no Bairro Marabaixo I, disse na tarde desta quarta-feira, 1º, que chegou a oferecer o “templo pastoral” para que fosse realizado o velório do servente Aurélio Rodrigues, de 54 anos. O velório acabou ocorrendo na praça do Bairro Marabaixo.

O padre Waldomiro Moraes informou que o templo pastoral fica a cerca de 500 metros de distância da capela onde os moradores queriam fazer o velório do servente. A capela de Santa Terezinha estava ocupada por uma missa.

No entanto, o padre fez questão de ressaltar que seu Aurélio não era fiel da igreja (como se isso realmente fosse importante em se tratando de um cristão trabalhador).

Filho vela o corpo do pai na praça do Marabaixo. Fotos: Seles Nafes

Filho vela o corpo do pai na praça do Marabaixo. Fotos: Seles Nafes

“Ele era fiel em outra igreja. Porque os moradores não pediram pra essa igreja? Mas em momento nenhum me neguei, por isso ofereci o templo pastoral, mas eles achavam que era longe”, disse o sacerdote.

Os moradores admitem que o padre ofereceu o templo pastoral, mas acharam inviável por causa da distância que, segundo eles, é bem maior que o meio quilômetro informado pelo padre Waldomiro.

“Ele alegou que tinha uma missa na capela, só que poderia ter permitido que fosse uma missa de corpo presente. Não vejo problema nisso”, disse o presidente da Associação Esportiva do Marabaixo, Luiz Claudinaldo, o “Gato”.

O servente morreu de infecção generalizada na terça-feira, 30, depois de passar alguns meses, com a ajuda de amigos, tentando marcar uma cirurgia. Quando conseguiu, acabou falecendo internado no Hospital de Santana. O velório acabou sendo realizado na praça do Marabaixo.

 

Seles Nafes
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