Agentes acusados de tortura retornam às atividades

Servidores irão responder a procedimento administrativo paralelo as investigações policiais
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CÁSSIA LIMA

Os seis agentes acusados de tortura contra detentos do Iapen já retornaram aos seus postos de trabalho. De acordo com o Comando do Grupo Tático Prisional (GTP), eles estão trabalhando normalmente até que as investigações sejam finalizadas.

A volta dos agentes ao trabalho reverte a situação de quarta-feira, 29, quando o Ministério Público do Estado emitiu uma recomendação à direção do Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen) para que sejam afastados 6 agentes penitenciários acusados de torturar presos.

A promotora de Justiça que investiga os casos, Socorro Pelaes, informou que a mesma equipe está no centro das denúncias. Segundo a magistrada na recomendação, os agentes estariam agindo como justiceiros dentro da penitenciária.

Detentos denunciaram tortura de agentes. Foto: MP

Detentos denunciaram tortura de agentes. Foto: MP

“Conseguimos reverter o afastamento dos colegas. Eles voltaram a trabalhar normalmente, mas irão responder a um procedimento administrativo que é paralelo as investigações policiais”, ressaltou o agente prisional Fausto Jardim.

As torturas denunciadas, segundo a investigação, ocorreram em junho de 2016. Na época, dois detentos foram mortos fora dos muros do Iapen. Fotos do processo mostram detentos roxos e com hematomas. Os agentes negam as acusações.

“Eles irão responder sem problema. Se no fim do processo eles forem considerados culpados, aí sim serão afastados “, finalizou o agente.

Seles Nafes
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