Assassino de gerente de banco mostra como matou a vítima

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OLHO DE BOTO

Chegou a Macapá, no início da madrugada deste sábado (28), Vitor Trindade de Oliveira, de 22 anos, assassino confesso do gerente do Banco do Brasil, Rafael Garcia Cruz, de 32 anos. Com frieza, ele narrou todos os detalhes que terminaram com a morte do jovem bancário, na noite de 11 de agosto deste ano.

Vitor Oliveira foi preso no município de Ananindeua, região metropolitana de Belém, no dia 30 de agosto, mas apenas nesta madrugada ele foi recambiado para Macapá, e conduzido pela equipe do delegado Ronaldo Coelho até a Delegacia de Homicídios, no Ciosp do Pacoval.

O homicida chegou de bermudas, calmo, e carregando uma sacola de plástico com algumas roupas. Ao delegado, ele contou que ganhou R$ 300 com a venda dos objetos roubados do gerente, e depois mais R$ 100 quando vendeu um celular da vítima na Feira do Ver-o-Peso, em Belém.

Vitor Oliveira contou que trabalhou em um motel, na cidade de Belém, durante 8 meses, até ser demitido. Ele já conhecia o menor de 16 anos, apreendido ainda em agosto também por participação no crime.

Rafael Cruz foi vítima de uma armadilha. Foto: Reprodução

Segundo ele, já em Macapá, os dois tiveram uma conversa na Praça da Bandeira. Ele disse que pediu dinheiro emprestado ao menor, que respondeu que não tinha, mas conhecia uma pessoa que poderia ter. Contudo, o menor deixou claro que eles precisariam efetuar um roubo.

Quando chegaram ao apartamento do gerente, no Centro Comercial de Macapá, os dois foram recebidos na porta pela vítima e foram convidados a subir.

O menor teria entrado no quarto com o gerente, enquanto Vitor Oliveira teria ficado esperando em outro cômodo.

“Os dois passaram cerca de 10 minutos dentro do quarto. Depois ele (o menor) me chamou. Estava deitado na cama. Foi aí que nós seguramos ele. (…) A gente já tinha combinado alguns gestos que era pra gente segurar ele (a vítima)”, narrou ao portal SELESNAFES.COM.

Vitor Oliveira chega ao Ciosp com uma muda de roupas e tranquilidade

Equipe da Delegacia de Homicídios responsável pelas investigações

Vitor Oliveira disse que usou um golpe de jiu-jtsu para imobilizar a vítima pelo pescoço, enquanto o comparsa batia nele.

“Ele (gerente) deitou no meio da gente. Foi quando (o menor) disse pra gente segurar ele. (…) Começou a bater no rosto e na parte do estômago dele com um objeto grande, não sei o que era, pois estava escuro. (…) Começou a sair sangue do rosto dele (gerente). Eu falei que ele tava respirando ofegante. Foi quando ele (o menor) soltou ele, mas já estava desmaiado. Ainda tava respirando. Eu falei pra virar ele de lado, foi quando começou a sair sangue pela boca e pelo nariz dele”, acrescentou.

Depois do crime, os dois pegaram um notebook, um celular e o carro da vítima.

Delegado Ronaldo Coelho acredita que os dois já tinham a intenção de matar

O delegado Ronaldo Coelho diz que o gerente foi vítima de uma armadilha.

“Foi um encontro a três que descambou nessa morte. (…) A vítima estava despreocupada porque estava na cama com eles. (…) Eles disseram que premeditaram apenas o roubo, mas a coisa degringolou. (….) pra mim isso é conversa”, comentou o delegado, deixando claro acreditar que os dois tinham a intenção de matar desde o início.

Com relação à autoria, a polícia já considera o caso encerrado. O veículo do gerente foi achado, mas ainda falta descobrir quem foram as pessoas que receberam e depenaram o carro.

O menor apreendido como comparsa já está cumprindo medida protetiva no Centro de Internação Provisória (Cesein).

Num vídeo gravado pelo portal SN, Vitor Oliveira pediu desculpas à família do gerente.

Seles Nafes
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