Cerca de 7 mil funcionários contratados pelo Caixa Escolar estão com atividades paralisadas desde o dia 2 de dezembro. A categoria tem salários, férias e décimo terceiro atrasados. Os trabalhadores se manifestaram mais uma vez na manhã desta quinta-feira, 11, em frente ao Palácio do Setentrião, no Centro, exigindo a abertura de negociações onde seja estabelecida uma data para o pagamento. Os trabalhadores estão numa situação tão complicada que querem receber pelo menos um mês de salário para não passar o Natal sem dinheiro.
Dona Teresa reclama que as contas estão atrasadas
Os funcionários são merendeiras, serventes e copeiras que prestam serviços para mais de 500 escolas da rede estadual. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores do Regime Celetista da Educação (STRCE), a Secretaria de Estado da Educação (Seed) e o governo do Estado não se posicionam sobre o atraso no pagamento. “Não há diálogo. O governo diz que está aguardando a Assembleia Legislativa aprovar o remanejamento de recursos, mas a Assembleia diz que não pode fazer isso agora. Segundo os deputados o governo não paga nossos salários porque não quer”, afirmou o presidente do STRCE, Antônio Carlos Vasconcelos.
Os servidores afirmam que já protocolaram documentos na Seed, Gabinete do Governo e até na Câmara de Vereadores, mas não tiveram nenhuma resposta. “A única coisa que podemos fazer e nos manifestar para ver se o governo se sensibiliza com a nossa situação. Só queremos saber quando vamos receber”, disse a merendeira Lilia Palmerim.
A copeira Teresa Silva está tentando tirar férias há dois anos por causa de problemas de saúde. Ela é hipertensa e já teve AVC, mas o governo não deu autorização. Ela tem 48 anos reclama das contas que estão em atraso. “Os juros estão correndo e a energia elétrica da minha casa está para ser cortada. Sofremos assédio para não fazer greve, mas vamos continuar aqui até recebermos”, denunciou.
