Encontro discute geotecnologia no Amapá

Encontro apresenta o que de mais moderno em geoprocessamento está sendo usado na construção da base cartográfica do Amapá
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MANOEL DO VALE

O curso de Ciências Ambientais da Universidade Federal do Amapá (Unifap) vai promover seu quarto encontro acadêmico, o ECAAP. Nesta edição, o ECAAP tem como tema transversal “As Geotecnologias no Meio do Mundo”, aproveitando o destaque que o Amapá passou a ter ao firmar convênios com Exército para elaborar uma das mais precisas e atualizadas bases cartográficas do país.
O evento começa no dia 21 de novembro e segue até o dia 25, com programação dividida entre o Museu Sacaca, Monumento Marco Zero e Unifap. Conta com a participacao de especialistas, mestres e doutores de projeção nacional e internacional no campo da geotecnologia.
Conceito
Geotecnologia é o conjunto de todas as tecnologias usadas na coleta de dados com o intuito de gerar conhecimento, baseada na geração da informação espacializada, ou geoInformação. Destaque  para o sensoriamento remoto, geoprocessamento, cartografia, geodesia, sistema de posicionamento global, topografia, fotogrametria, e outras.
É uma área bastante diversificada e abrangente, contudo, potencialmente poderosa na gestão dos recursos naturais e na tomada de decisão no setor público.
Surgida dos avanços tecnológicos dos últimos 40 anos no campo da pesquisa, a geotecnologia possibilita informações mais precisas relativas ao clima e aos recursos naturais de que dispomos em nossa região, dentre outros. E é  uma ferramenta poderosa de gestão,  mas ainda pouco utilizada no Amapá.
“A geoinformação  sempre esteve presente nos órgãos setoriais do Amapá, e instituições de pesquisa, representada pelos mapas impressos e digitais, arquivos vetoriais e imagens de sensoriamento remoto. O problema é que grande parte destes dados estão desatualizados e, a informação nem sempre foi gerada de uma forma sistemática conforme regras e procedimentos de qualidade. O objetivo freqüente era o de visualização para comprovação de fatos e fenômenos na superfície terrestre, as vezes, omitindo importantes informações derivadas da natureza dos dados”, explica Sávio Carmona, engenheiro geólogo, mestre em sensoriamento remoto, doutor em oceanografia, professor da Unifap e, um dos coordenadores do evento.
A geoinformação é essencial em planejamento de algumas políticas públicas

A geoinformação é essencial em planejamento de algumas políticas públicas. Imagens: Google

Objetivo
Ao todo, 22 pesquisadores e técnicos, convidados, estarão no evento que estima um público de 300 pessoas, entre estudantes e profissionais das mais diferentes áreas das geociências , distribuídos nos 13 minicursos, nas sessões de palestras e circulando pela Feira de exposição. A feira irá apresentar diferentes equipamentos utilizados pelos projetos Base Cartográfica Digital Continua do Amapá, com partiipação da 4 DL e CIGEx do Exercito Brasileiro, e Revitalização e Densificação da Redes Geodésicas do Estado do Amapá, executado pelo IBGE.
Para Sávio Carmona, um dos objetivos principais deste evento é motivar a disseminação do conhecimento das geotecnologias para despertar, motivar e alavancar o interesse no uso dos diversos insumos derivados destes dois grandes projetos de geoinformação.  O professor doutor ainda afirma que a base cartográfica do Amapá é pública, o que possibilita uma ampla utilização de todos os dados, tanto no universo acadêmico e científico  das instituições de ensino, como nos órgãos setoriais do Estado, e mesmo pelo público em geral.
“Estamos esperando um grande público para esse evento já que os investimentos para os minicursos e do próprio evento estão bastante acessíveis ao público acadêmico.
Estamos montando algumas comissões para ficarem responsáveis pela organização dos espaços, no sentido de atender às necessidades dos convidados e dos participantes do IV ECAAP”, comentou o acadêmico de ciencias ambientais, Ademir Barros, membro da comissão de organização.
Convidados
Entre os convidados para as palestras e minicursos, irão estar presentes especialistas, mestres e doutores de empresas de tecnologia espacial como a SAVIS e a BRADAR, ambas subsidiárias integral da Embraer Defesa & Segurança, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), da Society Conservations oforGIS do Brasil (SCGIS/BR), Conservação Internacional (CI), Instituto Mamiraua, Embrapa, IEPA, entre outros.
 
Confira a programação no site www.ecaap.com.brs
Seles Nafes
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