Gesto é o passo mais importante para a retomada da operação mineral no Amapá
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Por SELES NAFES
Investidores interessados em ocupar o lugar da indiana Zamin Ferrous deram o primeiro passo para retomar a operação mineral no Amapá. Eles depositaram, em juízo, mais de R$ 9 milhões, dinheiro que pagará parte das dívidas trabalhistas deixadas pela empresa.
O gesto foi uma das condicionantes imposta pela 2ª Vara de Falências de São Paulo, onde corre o processo de recuperação judicial da indiana.
O depósito foi feito numa conta da justiça no Banco do Brasil, no último dia 10, pela Cadence Minerals, uma empresa inglesa que está adquirindo 27% da operação da Zamin no Amapá.
A estrutura no foco da mineradora britânica inclui a mina em Pedra Branca do Amapari, município a 180 km de Macapá; usina de beneficiamento, estrada de ferro e o porto privado, no município de Santana, a 17 km da capital.
“Os investidores terão ainda que aplicar mais de R$ 100 milhões para recuperar a estrada de ferro e o porto, para poderem reiniciar a operação no Amapá. Com o lucro, eles irão pagando o restante das dívidas deixadas pela Zamin”, explica Juliano Avelar, que é procurador de carreira do Estado e acompanha o desenrolar do processo.
Depósito feito pela Candece Minerals em conta da justiça de SP
Junho de 2014: protesto de trabalhadores da Zamin na estrada de ferro: dívidas trabalhistas serão priorizadas por ordem da justiça
No dia 15 de agosto, os credores da Zamin, que cobram R$ 300 milhões da indiana, farão uma assembleia para tratar do plano de recuperação da empresa.
A Zamin encerrou as operações no Amapá em 2014, menos de um ano depois do desabamento do porto da empresa que deixou seis trabalhadores mortos no município de Santana.
As ações da empresa foram compradas por outro grupo, e agora se chama DEV Mineração S.A.
